O zoo culpou a inflação crescente e os custos de manutenção pela sua decisão de devolver dois pandas gigantes à China, mais de oito anos antes da data prevista para o seu regresso, conta o The Guardian.

Lumi e Pyry chegaram à Finlândia em 2018 e já foram investidos mais de 8 milhões de euros nas instalações onde vivem. Além disso, o jardim zoológico tem custos anuais de 1,5 milhões de euros para a sua manutenção, incluindo uma taxa de preservação paga à China. E o aumento da inflação agravou os custos.

O jardim zoológico esperava que os pandas atraíssem visitantes para o centro da Finlândia, contudo, ano passado, foi referido que tinha acumulado dívidas crescentes devido à pandemia que reduziu as viagens.

Os dois pandas deviam completar uma estadia de 15 anos no país, mas, em vez disso, vão entrar em breve numa quarentena de um mês antes de serem enviados de volta para a China.

De recordar que, desde a sua fundação, em 1949, a República Popular da China tem enviado pandas para jardins zoológicos estrangeiros com o objetivo de reforçar os laços comerciais, cimentar as relações com o estrangeiro e melhorar a sua imagem internacional.

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Finlândia garantiu que a devolução dos pandas foi uma decisão comercial do jardim zoológico, que não envolveu o governo finlandês e não deverá afetar as relações entre os dois países.

Assim, apesar dos esforços da China para ajudar o zoo, os dois países acabaram por concluir que os pandas deveriam mesmo ser devolvidos.