No último jogo da temporada passada ditou o princípio da mudança do atual Sporting. A 13 de maio de 2018, os leões perdiam (2-1) no Estádio dos Barreiros, Funchal, diante do Marítimo e dos milhões da Liga dos Campeões fugiam no último gongo da Liga NOS.
Após o dia das celebrações de Nossa Senhora de Fátima tudo se precipitou para os lados de Alvalade. Acontecimentos no aeroporto, a que se seguiu o episódio na Academia de Alcochete, Assembleia-Geral de destituição, suspensão do então presidente em exercício, Comissão de Gestão, pedidos de rescisão de jogadores, regresso de jogadores e eleições.
Com uma visita prévia a contar para a 1.ª jornada da Taça da Liga (troféu que os leões conquistaram na época passada) e em que o Sporting venceu os insulares (3-1), à 6.ª jornada da época 2018-2019, o Marítimo (re)visitou Alvalade.
Se olharmos para o desenho do mês de maio e o atual, no novo Sporting não constam os cinco titulares de então, Rui Patrício, Piccini, Coentrão, William Carvalho e Gelson Martins, três deles abandonaram com pedido de rescisão. E no lugar de Jorge Jesus surge José Peseiro. Coates, Acuña, Bruno Fernandes, Ristovski, Montero, André Pinto e Salin (então suplente de Patrício), todos titulares esta noite, por sua vez, continuam de leão ao peito. E há Raphinha, adquirido ao Vitória de Guimarães ainda na era Jesus.
Com Nani afastado e Battaglia lesionado, o sócio número 1 do Sporting Clube de Portugal, João Matos da Silva JR, com 98 anos, presente na tribuna de Honra viu o Sporting Clube de Portugal ganhar por 2-0.
O regresso de um Danny que já não é o mesmo
Do Funchal viajou uma equipa demasiado recuada e pouco atrevida na primeira parte. O central madeirense, Zainadine, numa perda de bola recebeu o primeiro amarelo do jogo logo aos 4 minutos e dava a primeira ideia de que o Marítimo estava ali para trocar a bola sem grandes intenções ofensivas.
Do lado do Sporting, Raphinha, penetrava com o pé esquerdo pela direita em diagonais e sempre com sentido de baliza. E foi com uma desmarcação que a passe do pé direito de Jovane Cabral (que fez uma diagonal da esquerda para o meio), colocou a bola no extremo brasileiro que viria a sofrer falta (aos 10’) cometida dentro da área por Abedzadeh. O capitão Bruno Fernandes (homem do jogo), pleno de confiança, converte com o tradicional bola para um lado, guarda-redes para o outro.
Com os leões a somarem jogadas de ataque e dois amarelos (Gudelj e André Pinto), na sequência de um canto (34’) de Raphinha, o colombiano Montero aproveita uma bola perdida na pequena área e limitou-se a empurrá-la para o fundo das redes.
Marítimo jogava afastado, quase sempre, da baliza de Salin. O avançado Pinho e o defesa direito Bebeto eram as exceções numa equipa que tem como capitão Danny (ex-Sporting) que está longe de outros tempos, parecendo não conseguir acompanhar o ritmo do jogo quando este acelerava (viria a ser substituído debaixo de aplausos aos 66’ por Edgar Costa). Ao ponto de já no tempo de compensação nos primeiros 45 minutos, isolado, na pequena área, deixou-se antecipar por Acuña, não conseguindo responder a um cruzamento com selo de golo, naquele que foi o único lance de perigo dos insulares no primeiro tempo.
Depois do descanso, Salin defende o primeiro remate madeirense. Pinho, o autor. Um lance que antecipou uma mudança de atitude e postura da formação que viajou da ilha da Madeira.
Os leões surgiram menos ofensivos o que levou o público de Alvalade a presentear a equipa com alguns assobios. Aos 59 minutos, Zainadine tirou um golo certo dos pés de Bruno Fernandes na única jogada que pareceu levantar o estádio no segundo tempo.
Jovane Cabral foi substituído por Misic, o que não agradou à tribuna de Alvalade que viria a aplaudir a entrada de Diaby (numa troca por troca por Montero) e a saída de Raphinha, já no tempo de compensação.
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