A epidemia antes da pandemia
Maio, 2006
Não há forma de aguçar o que não pode ser aguçado. A Juventus, um dos maiores clubes de futebol do mundo, mergulhava num pesaroso pesadelo. Num autêntico e cáustico apocalipse. Para os fãs do clube, do campeonato italiano, de quem tinha bem presente na mente o passado vitorioso, o clube de Del Piero, Buffon, Ciro Ferrari ou Trapattoni, que ajudaram a compor recital vencedor e eloquente no caminho dos vencedores e notáveis, estava a caminho da Serie B.
Se durante a semana se celebrou os 100 anos do nascimento de Amália, diga-se que a Juventus passou 109 no topo da cadeia do futebol italiano. O These Football Times relembra que não se perderam apenas dois títulos (2005 e 2006) — "obliterados dos livros de recordes com uma rapidez espantosa". Foi mais do que isso.
"A Velha Senhora de Turim, outrora fonte de fascínio para os acólitos do futebol em todo o mundo, tinha sido posta de joelhos, abalando toda a ecologia do futebol italiano. Muitas pessoas não sabiam o que pensar ou como sentir". Chamavam-lhe Calciopoli. Por cá, conhecemos o fenómeno por Calciocaos.
O escândalo implicou Juventus, AC Milan, Fiorentina, Lazio e Reggina — todos envolvidos e acusados de falcatruas ou manipulação de resultados. Hoje, há um nome anglosaxónico bem premente na escrita desportiva corrente: match-fixing. Neste caso, por ter sido descoberta uma rede que estava montada e que escolhia árbitros para colher os resultados desejados.
"As torneiras telefónicas de natureza e variedade desconcertante revelaram um mundo sombrio de engano, fraude, pressão moral e política", escreveu John Foot no seu livro Calcio, citado pelo These Football Times. "No centro deste sistema corrupto estava Luciano Moggi, diretor desportivo da Juventus". Por outras palavras, o homem forte da Juventus foi tramado por escutas.
Todavia, apesar de em cima se ter escrito sobre a manipulação de resultados, a investigação em causa descobriu que Moggi dominava mesmo a maioria das facetas do futebol italiano: desde a manipulação das transferências até à seleção dos árbitros. Mas não só.
A sua rede chegava às transmissões televisivas e a cobertura dos jogos tinha comentadores a pintar uma Juventus engalanada por esplendor lírico futebolístico, mas repetições de lances infelizes ou pouco lisonjeiras não entravam para as contas daquilo que o espetador via em casa.
A direção da Juventus demitiu-se em meados de maio, marcha à qual Moggi se iria juntar pouco depois — sendo que o mestre de óculos foi mais tarde banido do futebol para toda a vida. A sentença final só saiu 2011, quando foi condenado a uma pena de prisão de cinco anos e quatro meses.
Ora, assim terminava a epidemia de corrupção do futebol de italiano. Mas a sombra do sucesso fica difícil de esquecer. É que nos 12 anos em que Moggi esteve à frente da Juventus, o clube de Turim ganhou sete campeonatos italianos, uma Liga dos Campeões, uma Taça de Itália, quatro Supertaças italianas, uma Taça Intercontinental e uma Supertaça Europeia. Há muito bom clube centenário que não tem tamanha riqueza no seu Museu. Moggi fê-lo em pouco mais de uma década.
Em 2006, a Juventus era uma das ilustres joias do futebol mundial — e o These Football Times afirma que o clube de Turim deu de caras com um autêntico Armagedão com este escândalo. A descida de divisão afetou tudo, de cima abaixo, pelo que se passou a seguir foi um "êxodo em massa". É que com a relegação da Juve, o plantel de classe mundial evaporou-se.
O treinador Fabio Capello saiu para Real Madrid, mas não foi sozinho. Fabio Cannavaro foi com ele para ganhar a Bola de Ouro e levantar a Taça do Mundo para Itália. Zlatan Ibrahimović e Patrick Vieira ingressaram no Inter, Gianluca Zambrotta e Lilian Thuram fizeram as malas para a Catalunha para vestir as cores blaugrana, no Barcelona.
Porém, entre escândalo e vergonha, há espaço para um fio de amor — raro num futebol cada vez mais capitalista e torneado por títulos, ambição, prestígio e sucesso. Estrelas como Gianluigi Buffon, Pavel Nedvěd, Mauro Camoranesi, David Trezeguet e Alessandro Del Piero permaneceram leais à Juventus (e que época fizeram estes dois últimos!) na sua hora de maior necessidade, mesmo que isso significasse jogar no segundo escalão do futebol italiano.
A subida seria garantida, mas nem tudo foi sereno. Os últimos meses da Juventus na Serie B tiveram muita trica e atrito interno, tendo que Didier Deschamps, o treinador que responsável pelo regresso imediato aos grandes palcos, apresentado a demissão após assegurar a promoção — tanto que foi o seu adjunto a fazer os últimos jogos do campeonato.
Até ao título sentaram-se no banco da Juve históricos e não históricos: Ranieri (2007-09), Ciro Ferrara (2010), Zaccheroni (2010) e Del Neri (2010 — sim, o que treinou o FC do Porto). Mas a glória e o cume da Serie A só chegou com Antonio Conte, em 2011. Se hoje se festeja o nono título consecutivo, a galopada começou com ex-médio, ao estilo do que aconteceu com Zidane no Real Madrid.
"Das profundezas do desespero", o antigo jogador tornado treinador devolveu a grandeza à Juve, que ganhou o scudetto sem perder um único jogo em 2011-12 — e convém recordar que nenhuma equipa o tinha conseguido, mas também não foi a época em que Conte fez mais pontos.
O novo Estádio da Juventus veio também dar um um novo lar, uma nova casa, para um novo começo levar a Velha Senhora para uma nova era de modernização. Conte saiu em 2014, mas o seu sucessor, Massimiliano Allegri, conseguiu um crescimento adicional, com final na Liga dos Campeões em 2015 e cinco títulos, provando quão longe a Juve chegou desde o início de Calciopoli.
A retoma do campeonato
O mundo parou. Em Itália, não foi diferente. A pandemia não discrimina classes nem géneros, mas também não olha a setores ou indústrias. Afeta a todos. No futebol italiano em particular, é caso para dizer que depois da epidemia de corrupção dos anos 2000, veio uma pandemia sanitária em 2020. Antes de a bola parar de rolar, estávamos assim. E, a corrida parecia mais renhida do que realmente se revelou.
Havia a possibilidade de mais equipas (Lazio) chegarem ao topo, até porque a forma com que a Velha Senhora do futebol italiano se engalanava nos relvados tinha pouco glamour.
A equipa de Turim tem um histórico do qual se orgulha que vem à boleia de uma mentalidade vencedora, robusta e de sucesso que assenta no "tem que ser", "tem que se ganhar e pronto". A ESPN recorda a citação do antigo capitão goleador e ex-presidente transalpino Giampiero Boniperti, que cunhou a sua versão da famosa frase de Vince Lombardi quando disse "ganhar não é importante, é a única coisa que importa".
É um mantra que continua a valer para a atualidade, nomeadamente, nos dias de hoje em que uma vitória e os três pontos não são suficientes. Basta perceber as críticas à equipa — e não só a Sarri — de antigas estrelas da companhia como Fabrizio Ravanelli ou Alessio Tacchinardi, que acreditam que os jogadores têm de fazer mais. Mas este é o preço a pagar quando se vence por oito (agora nove) vezes seguidas: a responsabilidade de ganhar parece imensuravelmente infinita.
Mas a ESPN toca em vários pontos que ajudam a explicar esta necessidade de boas exibições. Porque não é só o pergaminho histórico e os sucessivos trilhos em direção ao pódio da Serie A que valem scudettos. Os adeptos sentem que existem responsabilidades que advêm de uma equipa que dispõe do talento que consta das fileiras biancoreni.
Um deles tem que ver com a folha de Excel do departamento financeiro do clube, em que uma célula do programa assinala um facto que não se pode ignorar: o teto salarial da Juventus é o dobro de qualquer outra equipa. Catorze atletas jogaram pelo menos 1.000 minutos para a Serie A. Três — Cristiano Ronaldo, Gonzalo Higuain e Matthijs de Ligt — custaram mais de 75 milhões de euros cada um.
Não obstante, esta época, a equipa não deverá acabar com o mesmo número de pontos de outras campanhas — o que espelha que não houve um domínio tão evidente como seria esperado para quem investiu tanto. Para mais, consistência não tem sido muito a palavra de ordem. Até porque quem vence tem sempre mérito, mas nesta retoma do campeonato fica a ideia de a equipa só tropeçou menos do que os outros.
A vitória no jogo diante a Lazio, com bis de Cristiano Ronaldo, ajudou a mascarar a tal falta de consistência em segurar as vantagens — Milan (2-4), Atalanta (2-2) e Sassuolo (3-3) — nos últimos três jogos. A ESPN salienta que dois pontos em três jogos não é nenhuma catástrofe. Especialmente se concorrentes diretos também não estão em melhor forma. No entanto, não deixam de ser aquele tipo de empate que sabe a derrota.
A festa era para ter acontecido a meio da semana frente à Udinese, mas só veio esta noite durante a receção, sem adeptos, à Sampdoria, em que a formação de Turim chegou aos golos por Cristiano Ronaldo, aos 45+7 minutos — o 31.º no campeonato do português, que ainda falhou um penálti aos 89 —, e Bernardeschi, aos 67.
A ‘Juve', que a duas jornadas do fim da Liga italiana tem sete pontos de vantagem sobre o segundo, o Inter de Milão, vence o título de forma consecutiva desde 2011/12, somando agora 36 cetros de campeã nacional.
Primeiro, o "Desastre de Sarri". Depois, o título
Andrea Agnelli, presidente da Juventus, felicitou graciosamente os jogadores do Nápoles após estes terem prevalecido nos penáltis na final da Taça de Itália disputada em Roma já com a pandemia na Europa. E, enquanto isso, os jornais desportivos italianos estavam a trabalhar nas suas manchetes, enaltece a The Athletic. O Tuttosport chegou a ter uma capa com um espampanante "Desastre de Sarri".
A publicação sugere que a utilização da palavra foi algo "tipicamente hiperbólico do diário baseado em Turim", e que saiu um "pouco forte", já que a Juventus não foi "humilhada 4-0" nem "perderam durante os 90 minutos". Ou seja, era francamente irrealista esperar que depois de três meses de inatividade "saíssem como uma borboleta do seu casulo".
No mesmo artigo, que aprofunda a contratação do técnico de 61 anos que só agora conquistou o seu primeiro título nacional da carreira, escreve-se que a força da Juventus sob o comando de Agnelli tem sido a inamovibilidade do clube. Há uma filosofia e maneira de liderança sob a batuta "ganhar ou ganhar". E parecem não entrar em pânico — mesmo quando as coisas não correm bem.
Os nervos são de aço. Tanto que não despediram Max Allegri quando na época passada a equipa estava no 12.º lugar a 11 pontos do topo com apenas três vitórias nos seus 10 jogos iniciais… Da mesma forma que não entraram em pânico quando a Lazio e Inter estavam na luta na retoma da Serie A.
A The Athletic dá conta de que a Juventus estava ciente que Sarri não iria transformar a equipa numa máquina oleada num ápice. "O estilo e a metodologia são completamente diferentes do que eram antes. Mais ênfase na posse de bola. Uma linha defensiva alta que traz riscos. Defender à zona ao invés de homem-a-homem", pode ler-se.
Giorgio Chiellini relata no seu livro algo que ajuda a explicar precisamente este ponto, contando que Sarri implementou uma Revolução Copernicana. Ou seja, nas palavras do capitão, tanto ele como os restantes jogadores do plantel tiverem de reaprender a ler o jogo e a lidar com as adversidades sob esta nova tutela. Simplificando: trata-se de uma metodologia de trabalho completamente diferente de Massimiliano Allegri.
Mas o que mudou ao certo? Esta época? A ESPN fez um balanço e diz que as sinergias entre aquilo que Ronaldo oferece e aquilo que Sarri quer não estão bem alinhadas. Até agora, o treinador montou a equipa à volta da sua super-estrela — e a fazer jus aos 31 golos do português e ao título hoje conquistado parece fazer sentido.
Então, porque se diz tal coisa? Porque Sarri monta a sua estratégia em prol coletivo descartando os dotes individuais. O exemplo que a publicação dá é que se está a pedir a um chef de sushi para gerir um churrasco no grelhador mais caro do mundo. Assim, o futebol que a Juventus apresenta não é o que se espera de uma equipa do italiano.
Resumindo, tem sido uma época de altos e baixos, mas o futebol de Sarri parece não conseguir convencer a nível exibicional. Prolífero e pragmático, sim; espetacular, avassalador e sinónimo automático de três pontos, não. O "Sarrismo" entrou no dicionário italiano há dois anos quando ainda estava a treinar o Nápoles, sob a definição de um estilo de jogo "fundado na velocidade e numa propensão ofensiva". Este ano, pouco se tem visto de tal filosofia. Apenas pequenos vislumbres aqui e acolá.
Ainda assim, regalo ocular à parte, na última conferência de imprensa antes da partida de hoje que valeu os 3 pontos e consequentemente o título, o treinador não teve papas na língua para aquilo que os seus críticos pensam do futebol da Juventus ou daquilo que tem sido a sua experiência em Turim.
"O meu interesse sobre esse assunto é relativo porque se trata de opiniões de jornalistas e porque, com todo o respeito, eu sei mais sobre o que se passa na equipa do que eles. Posso parecer presunçoso, posso estar enganado, mas eu tenho todos os dados disponíveis para saber mais do que aqueles que expressam uma opinião. Aceito-a, mas o meu interesse nela é relativo", rematou.
Críticas à parte, saiu um scudetto. Coisa que nenhum jornalista deve ter no CV. Pode-se escrever que o futebol ofensivo da Atalanta é que fica na retina. A equipa de Gian Piero Gasperini ganhou jogos com resultados volumosos. Exemplos: 7-0, 7-1, 7-2, 5-0 (duas vezes) e 6-2. E têm, quiçá, o ataque mais dinâmico e cativante da Europa. Mas a verdade é que a equipa de Bergamo não fez mais pontos. Assim como nem Inter nem Lazio tiveram a pedalada final para acompanhar os bianconeri — e Ronaldo. Claro.
Cristiano, o Ronaldo dos recordes
A idade não passa por ele. Ou, melhor, passa. Mas ninguém recupera de jogo a jogo como o capitão da seleção portuguesa o faz. Física e mentalmente. Não é o escriba deste artigo que o diz, é o próprio treinador. Para Maurizio Sarri, Cristiano Ronaldo é "um campeão a nível mental e técnico", com uma "descomunal" capacidade de gerir as energias.
"Falei com o Cristiano e disse-me que se sente muito bem. Tem uma grandíssima capacidade de recuperação, faz parte do seu ADN, como a capacidade de projetar-se até ao próximo objetivo a nível coletivo e individual. As suas capacidades de recuperação física e mental não são comuns", afirmou Sarri durante a conferência de imprensa de lançamento do jogo frente à Udinese, o tal que deveria de ser para celebração.
Porém, o subtítulo fala em recordes. Portanto, a recordes se dedicam estas linhas. Assim, mais se informa que Ronaldo tornou-se no único (!) jogador que marcou, pelo menos, 50 golos na Ligas inglesa, espanhola e italiana, depois de apontar os dois golos da vitória da equipa de Turim frente à Lazio (2-1, em jogo da 34.ª jornada).
Foram os seus 50.º e 51.º golos, no seu 61º jogo na Serie A. Quão impressionante é? Diga-se que foi mais rápido do que Andriy Shevchenko (AC Milan, 1999-2006 e um dos maiores goleadores da história recente da Serie A), que demorou 68 a atingir a marca. É certo que haverá sempre comentários relativamente à qualidade das defesas dessa altura para a de agora. E também de que não haviam tantos penáltis como nesses anos. Mas números são números. E marcar penáltis é uma arte como outra qualquer. E, como se vê, Ronaldo (marcou 12) e Immobile (bateu 14 tiros certeiros, contabilizando já os dois de hoje frente ao Hellas Verona) são bastante bons nesse capítulo.
Convém lembrar que Ronaldo tinha menos cinco golos do que Ciro Immobile na tabela de melhores marcadores antes da pandemia parar o campeonato. O italiano já leva 34, mas a luta promete ser até ao fim. Tanto que a Serie A não tinha dois jogadores a quebrar a barreira dos 30 golos na mesma época desde Gunnar Nordahl (34 golos a favor do Milan) e Istvan Nyers (30 para o Inter) em 1950-51.
O Cartão de Cidadão até pode alegar que Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro tem 35 anos. Porém, Sarri acredita que a sua equipa tem "margem para melhorar" e elogiou a dupla atacante formada por Cristiano Ronaldo e o argentino Paulo Dybala:
"Tenho dificuldade em ver problemas de convivência entre dois jogadores de tão alto nível. Pode haver jogos em que não preenchemos bem a área, mas isso é compensado pela capacidade individual de ambos, que marcaram entre si 51 golos", disse.
O que falta fazer esta época? Nas palavras do próprio Ronaldo: "Seria bonito bater o recorde dos 36 golos, mas o importante é ganhar. Os recordes surgem de forma natural. Vou tentar, mas o mais importante é ganhar a liga".
Pipita Higuaín, seu atual companheiro de equipa, detém o recorde de máximo goleador da Serie A numa época: 36 golos. A ver se acontece com duas jornadas por disputar. O importante, pelo menos, já está assegurado.
Assim, contas certas, só que este título faz enriquecer o CV de CR7 a nível doméstico. Em termos de campeonatos, Ronaldo somou agora o sétimo título: três Premier League, duas La Liga e duas Serie A.
Pergaminho internacional
Mas a ambição por títulos da Juve não se fica por aqui. Agnelli, o presidente, já veio a público insinuar que a liderança em Itália é para manter. Paralelamente, o seu capitão, Chiellini, diz que a ambição passa para que a Juventus ganhe 10 títulos consecutivos. Ou seja, a primazia doméstica continua a ser o foco, mas o valor do progresso na Europa é evidente.
A prova disso está quando a The Athletic diz que Sarri considera vencer a liga dos Campeões como ganhar um sonho. Porém, Khedira (médio alemão da Vecchia Signora), à revista alemã Kicker, pinta um cenário diferente. "Não nos devemos esconder. Não seríamos credíveis. Não se compra Ronaldo ou De Ligt para sair nos quartos ou nas semifinais", disse.
A ESPN diz que se a Juventus não ganhar a Liga dos Campeões, Sarri vai arcar com as culpas. E, se tal acontecer, caso não supere o Lyon, pode haver aqui um fim de linha para o técnico italiano. (Curiosidade: caso tal se verifique, o técnico esteve apenas um ano em dois clubes consecutivos, apesar de ter ganho títulos; hoje ganhou o campeonato italiano, na temporada passada conduziu o Chelsea à conquista da Liga Europa).
Em suma, o campeonato já está. É assunto arrumado. Agora, falta a 'Champions'. Mas será que depois do Calciocaos e de nove títulos consecutivos a Juventus consegue alcançar a aura europeia? Será Ronaldo capaz de erguer aquele trofeu por três clubes diferentes, naquela que seria a sexta Liga dos Campeões da carreira?
A resposta chega em agosto. No entanto, depois de tudo aquilo que se passou a meio da década de 2000, não há dúvida de que seria um prólogo feliz de se celebrar no álbum de história da Velha Senhora de Turim. Nem que seja porque perdeu cinco finais europeias desde a última conquista, em 1996, frente ao Ajax, numa equipa onde jogava um tal de Paulo Sousa (e, vá, Antonio Conte).
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