“Eu acho que eles foram perfeitos. Sabe que é difícil ser-se perfeito, mas hoje foram praticamente quase sempre perfeitos. Perfeitos no serviço — uma ou duas vezes não foram -, perfeitos na rede, no fundo do ‘court’, perfeitos entre eles. Quando um andava mais aflito, o outro estava lá. E, portanto, a partir de muito cedo se viu que tinham todas as condições para ganhar. Foi um torneio perfeito e merecem”, declarou o Presidente da República.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o título conquistado hoje pelos jovens nortenhos, que derrotaram o argentino Máximo González e o sueco André Göransson por 6-2 e 6-3 na final, “foi um momento muito bonito para Portugal”.
“Eu pessoalmente tenho um prazer muito grande, porque eu estive nos fundadores deste torneio em 1989”, recordou.
O Presidente da República reconheceu estar “muito” orgulhoso de Borges e Cabral, que receberam um ‘convite’ da organização, “porque arrancaram pela primeira vez num Open como este, partiram do zero”.
“Partindo do zero, chegar à vitória, da forma tão clara como chegaram, foram vitórias e vitórias claras, não foi por uma unha negra. Não foi numa terceira partida. É raríssimo acontecer isto. Se continuarem a jogar juntos, podem ter um grande futuro a nível mundial”, estimou, garantindo não se lembrar de “ter visto uma dupla portuguesa tão boa em 60 e tal anos de vida”.
O chefe de Estado optou por comprar bilhete para o último dia do Estoril Open e sentar-se entre o público nas bancadas do Clube de Ténis do Estoril, em detrimento de ocupar um lugar na ‘tribuna de honra’, correspondendo ao desejoso de Borges e Cabral.
“Eu vim responder ao que eles disseram: ‘gostávamos de ver o Presidente a assistir à final, porque era sinal de que estávamos na final, e se fosse no fim ao balneário, era sinal que tínhamos ganho’. Eu vou no fim ao balneário”, explicou.
Ainda antes de visitar Borges e Cabral no balneário, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar “encontrá-los mais vestidos do que o João Sousa”, com quem se deparou “a sair do duche” quando o vimaranense conquistou o título de singulares do Estoril Open em 2018, revelando que iria transmitir a ambos que “o percurso deles é excecional” e que desejava que continuassem a jogar sempre em pares, “porque podem ir longíssimo, podem ser dos melhores pares do mundo”.
O ‘prometido’ nas bancadas foi cumprido no encontro com os campeões. “Vocês podem ser os melhores do mundo, têm todas as condições. Têm condições para ser ‘top’ do mundo, porque se complementam muito bem. Têm uma intuição fabulosa para pares. São espetaculares. É um orgulho para Portugal”, disse ao entrar no balneário, onde cumprimentou os agora históricos tenistas nacionais.
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