No documento enviado a Bernardo Ayala, o grupo, que irá marcar presença na AG da Sporting SAD, a realizar em 01 de outubro, justifica o pedido com a necessidade da proposta de aumento salarial exigir a aprovação prévia dos sócios do clube, que detém 60% da SAD.
Em causa está, de acordo com os acionistas, que o presidente do Sporting, Frederico Varandas, e os membros da direção do clube, Francisco Salgado Zenha e João Sampaio, têm o poder de decisão sobre as remunerações dos administradores da SAD, onde os três, e ainda Miguel Cal, acumulam funções.
“Independentemente da legalidade ou não da proposta, o mais basilar bom senso aconselharia à escusa de Frederico Varandas, Francisco Salgado Zenha e João Sampaio de se pronunciarem sobre esta matéria por claro conflito de interesses. Por ética e sobretudo por dignidade não é possível ser juiz em causa própria”, referem.
O grupo de acionistas considera ainda que “a preocupante situação da Sporting SAD, que apresenta uma vez mais elevados resultados negativos, capitais próprios negativos e o maior passivo da história da sociedade não justifica aumentos potenciais (fixos e variáveis) de 45%.
De acordo com as contas do grupo, “o ordenado do presidente pode passar de 188 mil para 273 mil euros e dos administradores de 139 mil para 196 mil euros”.
Caso os pontos referentes às propostas de aumento de remunerações não sejam retiradas da ordem do dia da AG, o grupo de acionistas exige que esta questão seja ratificada pelos sócios do clube, em AG.
No documento, os sócios recordam que não fazia parte do programa eleitoral de Frederico Varandas “o aumento da sua remuneração, nem dos seus pares na administração da Sporting SAD, e não pode agora, pela ‘porta do cavalo’, tentar ‘passar a perna’ aos sócios do clube”.
“O que estava escrito na letra do programa era a obrigatoriedade de os membros dos órgãos sociais do clube apresentarem as suas declarações de IRS, promessa que nunca foi cumprida até hoje”, referem.
O grupo solicita ainda a Bernardo Ayala que seja retirado da ordem do dia o pedido de voto de confiança à administração da sociedade e a cada um dos seus membros, ao Conselho Fiscal e à Sociedade de Revisores de Oficiais de Contas, por os resultados financeiros negativos o desaconselharem.
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