O atleta do Sporting falou com a agência Lusa antes de voltar a entrar na piscina do Centro de Alto Rendimento (CAR) de Natação do Jamor, em Oeiras, encerrada desde 14 de março.
“Mais estranho do que estar dois meses sem ir à piscina, o que não me acontecia há muitos anos, é mesmo o facto de não saber qual é o próximo objetivo. Os Jogos Olímpicos, para os quais eu já estou apurado, foram adiados [para se disputarem entre 23 de julho e 08 de agosto de 2021]. Adiados, vamos ver”, disse o nadador à Lusa.
O especialista em 200 metros estilos — nessa distância, no Rio2016, tornou-se no primeiro nadador português a atingir as meias-finais (foi 12.º) nos Jogos Olímpicos desde Seul1988 – reforça que “tudo é uma incerteza neste momento e que isso é o mais difícil para um atleta”.
Além de Alexis Santos, também outros integrantes do projeto olímpico para Tóquio2020, designadamente Miguel Nascimento, João Vital, com quem treinou hoje com a devida distância social, e Victoria Kaminskaya puderam retomar os treinos na piscina de 50 metros do CAR, utilizada somente por atletas profissionais e de alto rendimento.
O confinamento obrigatório deixou Alexis “sem acesso a nenhuma piscina”, mas acredita que “pouco a pouco as coisas vão voltar à normalidade”.
“Não foi um tempo fácil para ninguém, certamente que para os atletas muito menos. Para nós, nadadores, estarmos dois meses fora do ‘habitat’ foi um pouco difícil. Tentei, no fundo, manter a forma física da melhor maneira possível”, disse o português, de 28 anos.
Os tempos individuais das provas é outro dos problemas para o nadador, que ressalva, porém, que a segurança de todos é o importante nesta altura.
“Sim [preocupa-me]. Não digo que não. É extremamente preocupante. Mas, neste momento, estar preocupado com campeonatos não é certo. O importante é fazer as coisas em segurança e não haver riscos ou minimizar os riscos. No fundo, é voltar a ganhar forma física. Não é estar a nadar rápido ou a render bem”, defendeu.
Com a presença em Tóquio2020 assegurada, o ‘sportinguista’ prefere não ter “muitas expectativas”, preferindo ver “como as coisas evoluem e em que pé se vai estar” na altura do evento.
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