“Como sabem, a chanceler aprecia muito o Mesut Özil. É um jogador de futebol que fez muito pela seleção nacional e tomou uma decisão que deve ser respeitada”, disse hoje Ulrike Demmer, porta-voz de Angela Merkel.
Demmer destacou ainda o papel do desporto como fator integrador da sociedade alemã e insistiu que a Alemanha é um “país aberto”, que acolhe a população imigrante.
A ministra da justiça alemã, Katarina Barley, também fez questão de se pronunciar sobre o assunto, referindo que “é um sinal alarmante que um grande futebolista como Özil não se sinta querido no seu país”.
O médio, de 29 anos, anunciou a decisão no domingo, na sua conta na rede social Twitter, depois de uma polémica com uma foto em que aparece junto do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Özil, que venceu um Mundial com a ‘mannschaft’, em 2014, acusa a federação alemã de não o aceitar como cidadão do país.
“Tenho dois corações, um alemão e um turco. Nasci e fui educado na Alemanha e não percebo porque é que há pessoas que continuam sem aceitar que sou alemão”, afirmou o jogador dos ingleses do Arsenal.
O jogador germânico afirmou que aceitou tirar uma fotografia com Erdogan porque caso negasse poderia ser interpretado como uma “falta de respeito”, tendo em conta as suas “raízes turcas” e adiantou que “voltaria” a fazê-lo.
“Para mim, tirar uma foto com o presidente Erdogan não tem nada a ver com política ou eleições, mas com o respeito perante o ocupante do cargo máximo do país da minha família”, explicou o atleta nascido em Gelsenkirchen.
Özil esteve presente no mundial de futebol de 2018, disputado na Rússia, participando na primeira eliminação de sempre dos alemães na fase de grupos da competição internacional.
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