Em entrevista ao diário norte-americano New York Times, Anna Antseliovich falou de uma “conspiração institucional”, mas negou a tese de que a rede de dopagem entre os atletas de elite tenha sido patrocinada pelo Estado.
Um recente relatório do jurista canadiano Richard McLaren, solicitado pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), denunciou um programa institucionalizado de dopagem na Rússia, que implicou cerca de 1.000 atletas em práticas ilegais nos Jogos Olímpicos de verão Londres2010 e de inverno Sochi2014.
Em consequência da primeira parte do relatório, divulgado em julho, a Rússia foi impedida de competir nas provas de atletismo dos Jogos Rio20016 e também toda a equipa paralímpica russa foi excluída pelo Comité Paralímpico Internacional (CPI) da competição realizada no Rio de Janeiro.
Ao New York Times, Anna Antseliovich mostrou-se “chocada” com as conclusões do relatório e insistiu que “não houve qualquer envolvimento das autoridades russas”.
Vitaly Smirnov, antigo ministro do desporto e ex-presidente do Comité Olímpico da Rússia, escolhido agora pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, para supervisionar uma política de reformas no desporto do país, admitiu que “foram cometidos vários erros”, mas também negou qualquer patrocínio das autoridades governamentais.
Para Smirnov, a Rússia teve um tratamento de ‘tolerância zero’, ao contrário de outros países.
“A Rússia nunca teve as oportunidades dadas a outros países. O sentimento geral é de que a Rússia nem sequer teve uma oportunidade [de se defender]”, referiu Smirnov ao New York Times.
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