“Pelo jogo que fizeram com os Estados Unidos [derrota por 3-0], são uma equipa bastante aguerrida, bastante competitiva, e nós vamos ter de anular isso e impor o nosso futebol, jogar com a nossa identidade. Se o fizermos, vamos conseguir vencer este Vietname”, disse a internacional lusa, de 35 anos.
Portugal já pensa no Vietname, adversário de quinta-feira, na segunda ronda do Grupo E, um dia depois do desaire com as neerlandesas (1-0), na estreia absoluta em Mundiais.
“O jogo com os Países Baixos já passou. Infelizmente, não começámos da maneira que nós queríamos, mas ainda temos dois jogos. Temos de nos focar neles, agora no próximo, com o Vietname, e tentar a vitória”, explicou.
Segundo Carolina Mendes, um “Campeonato do Mundo é isto”, não há “muita margem, nem muito espaço, para fazer grandes festas ou grandes lutos”.
“Até hoje, estávamos a pensar no que é que foi o jogo, no que é que podemos melhorar e, a partir do treino de hoje, já estamos a pensar no Vietname. Foco máximo no próximo jogo, porque ainda depende de nós e, no que depender de nós, vamos dar sempre o nosso melhor por Portugal”, garantiu.
A mais veterana e maior goleadora entre as 23 eleitas, com 23 golos em 115 internacionalizações ‘AA’, sabe que o jogo com o Vietname vai ser muito diferente do da estreia, em relação à qual há, naturalmente, correções a fazer.
“O Vietname vai-nos pôr outras dificuldades, pois são duas seleções completamente diferentes. Há coisas que nós, realmente, temos de mudar e é isso que, nestes dois/três dias que faltam para o jogo, vamos fazer, para poder estar melhor”, disse.
O tempo é suficiente: “Faz parte de estar nestes palcos. Temos margens muito pequenas. Preparámos muito bem o jogo com os Países Baixos e agora temos estes três dias em que o foco tem de ser o Vietname. A equipa técnica vai fazer as suas análises e passar para nós aquilo que temos mesmo de saber para podermos corresponder da melhor maneira em campo”.
Carolina Mendes falava aos jornalistas antes do treino da seleção lusa, já no Mangere Centre Park, em Auckland, depois de uma manhã iniciada em Dunedin, com um pequeno-almoço com o primeiro-ministro, António Costa.
“Para nós, é muito gratificante saber que, neste caso, o primeiro-ministro e todos os portugueses estão a apoiar e estão do outro lado do mundo a torcer por nós. Apesar do primeiro jogo não ter corrido como esperávamos, sentir esse apoio e esse carinho é muito importante para nós”, explicou.
De acordo com a avançada bracarense, a mensagem do governante luso foi de “apoio”, no sentido de continuar o caminho, pois “faltam dois jogos e não está nada perdido”.
“Tivemos este deslize, mas ainda faltam dois jogos e é possível continuar a acreditar, e pensar que vamos fazer coisas muito boas no qual falta”, prosseguiu.
A derrota não mudou nada: “O mais espetacular é que, apesar de o resultado não ter sido o que nós queríamos, receber este carinho todo dos portugueses, e das pessoas que nos estão a acompanhar, é espetacular, e dá-nos uma motivação extra para podermos fazer melhor nos próximos jogos”.
A finalizar, um pedido para os portugueses voltaram a acordar cedo na quinta-feira.
“Acho que vale a pena acordar cedo, porque ainda faltam dois jogos e só dependemos de nós, portanto, no que depender de nós, vamos dar o nosso melhor, e espero que os portugueses continuem com este carinho e este apoio que nos têm dado até agora”, disse.
Depois do desaire com os Países Baixos, Portugal volta a jogar na quinta-feira, pelas 19:30 locais (08:30 em Lisboa), em Hamilton, contra o Vietname, que se estreou com um desaire por 3-0 face às bicampeãs em título dos Estados Unidos.
Para continuarem na corrida aos oitavos de final, prémio para as duas primeiras classificadas de cada grupo, as comandadas de Francisco Neto precisam de bater as asiáticas, num embate entre estreantes, da segunda ronda do Grupo E.
No mesmo dia, pelas 13:00 locais (02:00 em Lisboa), em Wellington, os Estados Unidos defrontam os Países Baixos, na reedição da final de 2019, então conquistada pelas norte-americanas, que venceram por 2-0.
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