Bruno César ainda adiantou os ‘leões’ (52 minutos), mas Abel Camará (65, de grande penalidade) Dinis Almeida (84) e Gonçalo Silva (88) deram a volta ao marcador e asseguraram entrada direta na história do Belenenses, que não vencia na casa ‘verde e branca’ em jogos do campeonato desde janeiro de 1955, então ainda no antigo Stadium de Lisboa.
O Belenenses encerrou, assim, uma série de sete derrotas consecutivas na prova, enquanto o Sporting desperdiçou soberana oportunidade para colocar pressão no FC Porto e ainda ‘sonhar’ com o segundo lugar.
Sem poder contar com Gelson Martins, castigado, e Alan Ruiz, lesionado, Jorge Jesus optou por lançar Matheus Pereira e Bryan Ruiz no ‘onze’ titular, tendo sido estas as únicas alterações relativamente ao confronto com o Sporting de Braga (3-2), na ronda anterior.
A estreia dos jogos matinais em Alvalade teve efeitos ‘soporíferos’ para as equipas, sobretudo no Sporting, que, atuando no seu reduto, demorou muito tempo a ‘acordar’, acabando por criar apenas um lance de verdadeiro perigo no primeiro tempo, mas já perto da meia hora.
Apesar de não poder contar com Domingos Duarte, que foi substituído pelo jovem Dinis Almeida no centro da defesa, o Belenenses foi controlando com maior ou menor dificuldade as iniciativas dos ‘leões’, que procuravam incessantemente o goleador Bas Dost, na corrida à ‘Bota de Ouro’.
Um cruzamento ‘venenoso’ de Matheus Pereira, à passagem do quarto de hora, ainda ‘agitou’ os muitos adeptos que estiveram no reduto ‘verde e branco’, mas a grande ocasião acabaria por pertencer a Adrien, que surgiu em boa posição dentro da área, mas rematou ao lado.
Perante um adversário que se limitava a tentar fechar os caminhos para a baliza, o Sporting também não encontrava ideias para incomodar Ventura, que na primeira metade foi quase um mero espetador.
Contudo, o conjunto ‘leonino’ entrou na etapa complementar apostado em chegar à vantagem, o que acabaria por suceder por intermédio de Bruno César, que anotou um dos golos mais fáceis da carreira, depois de um cruzamento de Bryan Ruiz que foi embater na barra, ficando a bola à mercê do médio brasileiro.
O intervalo parecia sido bom ‘conselheiro’ para o Sporting, que, pouco depois, ficou perto de aumentar a contagem, por Matheus Pereira, naquele que foi, inexplicavelmente, o ‘canto do cisne’ dos ‘verde e brancos’.
O Belenenses aproveitou a apatia do adversário para se acercar da baliza de Rui Patrício e beneficiou de uma grande penalidade, por mão de Matheus Pereira, que foi convertida por Abel Camará, avançado dos ‘azuis’ que foi um dos ‘alvos’ da ira dos adeptos do Belenenses no decorrer da semana.
Na tentativa de aumentar o caudal ofensivo da equipa, Jorge Jesus lançou, de uma vez, Castaignos e Joel Campbell, só que as alterações tiveram o efeito contrário, sendo que o avançado holandês chegou mesmo a desperdiçar, de forma inacreditável, uma benesse de Ventura.
Como diz a velha máxima do futebol, quem não marca, sofre, e foi isso mesmo que sucedeu à formação de Alvalade, que viu o central Dinis Almeida operar a reviravolta, dando o melhor seguimento a um livre apontado pelo recém-entrado Benny.
O jovem médio do Belenenses acabaria por ser decisivo no histórico triunfo do Belenenses, já que, a dois minutos do final, voltou a cruzar com ‘regra e esquadro’ para o segundo poste, onde Maurides desviou para a finalização de outro central, no caso Gonçalo Silva, que fechou as contas do jogo.
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