Consciente das dificuldades que o Benfica terá pela frente, o treinador Paulo Almeida destaca que o Conception também terá de ficar em ‘sentido’ pelos atributos que a equipa campeã de Portugal apresenta ao longo dos 50 minutos de jogo.
Com um remate fácil e uma excelente saída para o contra-ataque, como o provam os 53 golos marcados nos primeiros quatro jogos da zona sul do campeonato nacional, o Benfica entrega este cartão de visita para a primeira edição da Taça Intercontinental na variante feminina, troféu que a antiga glória da modalidade quer trazer para Portugal.
“Vamos defrontar no primeiro jogo as campeãs da Argentina, têm jogadoras internacionais e vai ser um jogo difícil para nós, mas também para elas. Acreditamos nas nossas capacidades e estamos a trabalhar no intuito de ir lá para disputar a Taça Intercontinental para a ganhar. O Benfica não pode pensar de outra forma”, disse Paulo Almeida, agradecendo à direção do Benfica pelo esforço feito em levar as atletas até à Argentina.
O Conception será o primeiro adversário. Tem nas suas fileiras Maria Luciano Agudo, uma atleta que é referência mundial e para a qual Paulo Almeida deixa um sério alerta.
“É ‘só’ a melhor da argentina. É ‘só’ campeã nacional de hóquei em patins e ‘só’ campeã nacional de hóquei em campo. Ela pode fazer a diferença num momento de inspiração. Mas uma só jogadora não ganha jogos. Sabemos que o jogo passa todo por ela e que o Conception tem nela uma jogadora de área e que parece ter ‘uma raquete nas mãos’, uma vez coloca muito bem a bola ao segundo poste”, frisou.
Apesar disso, Marlene Sousa salienta que o Benfica tem capacidade para chegar à final conquistar o troféu, relembrando a estreia do Benfica na Liga Europeia.
“Sabemos que estamos entre as melhores equipas do mundo, é disso que é feita esta Taça Intercontinental. Esperamos um jogo difícil, um jogo equilibrado, mas um jogo onde vamos dar tudo por tudo para vencer. Temos boas recordações das nossas estreias em competições internacionais. Relembro a nossa estreia na Liga Europeia, que no nosso ano de estreia conseguimos vencer. Esperamos que esta boa experiência se repita na Taça Intercontinental”, desejou.
Para isso, Paulo Almeida garante que a sua equipa vai entrar para vencer do primeiro ao último segundo, como o faz em cada jogo, independentemente da eventual interferência de terceiros no decorrer do encontro.
“Quem quer ganhar ao Benfica tem de deixar a pele em campo, porque nós também a deixamos. Para ganhar ao Benfica têm de ser superiores ao Benfica. Vamos jogar num país sul-americano, em casa delas e sabendo que os árbitros são um bocado ‘caseiros’, mas isso não pode colocar na condição de derrotados antes do jogo começar”, rematou.
Certo é que as jogadoras do Benfica vão querer aproveitar esta montra mundial para espelhar o nível do hóquei feminino português e europeu, até porque no mesmo pavilhão se realiza a Taça Intercontinental de hóquei em patins masculino, onde estão FC Porto, Murialdo Club Patìn, Barcelona e Conception.
“Aquilo que nos define é a nossa capacidade de sair em contra-ataque, a nossa capacidade de lutar por cada jogo como se fosse o último. Vamos dignificar a camisola que vestimos, independentemente de estarmos longe de Portugal. O nosso maior desejo é ganhar. Estar numa competição com esta dimensão é um sonho para qualquer atleta. A partir do momento em que lá chegamos vamos dar tudo em campo para conseguir vencer”, concluiu Marlene Sousa.
Em caso de triunfo, o Benfica defrontará na final, agendada para domingo 16 de dezembro, as vencedoras do encontro entre as espanholas do Gijon e as argentinas do Talleres.
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