É um caso, no mínimo, insólito. A equipa brasileira estava a perder 2-0 ao intervalo e o treinador foi despedido com o jogo ainda a decorrer. Ou seja, o Olímpia começou a partida com Alexandre Ferreira enquanto treinador, mas foi outro elemento da equipa técnica, Paulo Alberto Fonseca, que desempenhou as funções na segunda parte, de forma interina.

Sobre o jogo, o Primavera chegou à vantagem com golos de Jardisson e Thiago Nonato no primeiro tempo. Porém, segundo o portal UOL, a demissão aconteceu logo ao intervalo porque o treinador Alexandre Ferreira não acatou a intenção do diretor de futebol: este queria que o técnico fizesse duas alterações, ao passo que este só queria efetuar uma.

"Eu não achei correto, não concordei. Ele falou que ele que mandava, se dirigiu aos jogadores dizendo o que seria feito e foi dessa forma. Aí eu entendi que estava demitido. Difícil na história ter acontecido situações como essa, não estamos acostumados. Mas ele manda, existe um processo de hierarquia. Eu não aceitei fazer e ele como presidente [é na realidade diretor] tomou sua decisão", revelou o agora ex-treinador Alexandre Ferreira ao portal.

Após a demissão ao intervalo, Paulo Fonseca, que assumiu a equipa na segunda parte, procedeu a duas alterações no onze e o Olímpia igualou a partida, terminando o jogo com um empate 2-2.

De resto, diga-se que o Olímpia teve dois treinadores durante a pré-temporada (Paulo Mulle, que pediu demissão por motivos pessoais, e Mário Tilico, que saiu por se ter envolvido em desacatos com um jogador durante um treino) e, agora, Alexandre Ferreira.

Este último, ao comando do Olímpia, disputou oito partidas, somando duas vitórias, quatro empates e duas derrotas. Através das redes sociais, o clube justificou a demissão pelos "maus resultados". No entanto, agradeceu o trabalho efetuado pelo técnico.

O clube ocupa a 12ª posição, com dez pontos, mais dois do que o Primavera, o primeiro na zona de desproporção.