Marcelo, de 29 anos, desde 2007 ao serviço do Real Madrid, compareceu no tribunal de Alcobendas, para responder a um processo em que era acusado de criar uma estrutura corporativa para esconder os rendimentos recebidos pela exploração dos seus direitos de imagem.
Com o objetivo de conseguir “um benefício fiscal ilícito”, o jogador escondeu nas suas declarações de 2011, 2012 e 2013 os valores cobrados por esses direitos de imagem. Após a declaração de 2013, em setembro do ano seguinte, o Tesouro espanhol chegou mesmo a devolver a Marcelo 10.258,34 euros.
No processo, uma das empresas que fazem parte da rede (Chaterella Investors Limited) obteve em 2011 e 2012 rendimentos faturados ao Real Madrid que causaram prejuízo ao Tesouro público espanhol de 100.476 euros e 101.615, respetivamente.
Como estes valores são inferiores a 120 mil euros, não são considerados crimes conta o Tesouro.
Em 2013, no entanto, a empresa Birsen Trade, S.A. obteve um rendimento de 1.168.764,38 euros aparentemente derivado dos direitos de imagem do jogador cobrados ao Real Madrid, Adidas e Panini, que não foram pagos na Base de Imposto de Renda Pessoal, e que causou a perda para o Tesouro de 490.917,70 euros.
O brasileiro Marcelo é o mais recente nome de uma lista de jogadores envolvidos em processos de fuga ao fisco em Espanha e que inclui os portugueses Cristiano Ronaldo, Fábio Coentrão e Ricardo Carvalho, bem como o argentino Lionel Messi e o colombiano Radamel Falcao.
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