No Sea Forest Waterways, numa regata que qualificava seis dos sete barcos, o quarteto luso cumpriu a prova em 1.24,325 minutos, atrás de Hungria, vencedora da série, Bielorrússia e China.

As meias-finais realizam-se no sábado, a partir das 10:21 (02:21 em Lisboa), sendo que a final decorre duas horas depois, às 12:37 (04:37).

Nas eliminatórias, uma má largada fez ruir as hipóteses de o quarteto luso seguir diretamente para as ‘meias’, reservadas somente aos dois primeiros colocados.

Esta é apenas a segunda prova internacional do K4 500 metros desde os Mundiais de 2019, nos quais se apurou para Tóquio2020, com o sexto lugar.

Posteriormente, a equipa treinada por Rui Fernandes, que nesse ano foi quarta nos II Jogos Europeus, em Minsk2019, só fez a Taça do Mundo deste ano, na qual foi quarta.

Devido a um problema renal de Emanuel Silva a dois dias do início da competição, o K4 500 metros não pôde fazer o último teste antes de Tóquio2020, que estava previsto para junho, nos Europeus de Poznan, na Polónia.

A canoagem portuguesa já se destacou na missão lusa com o bronze de Fernando Pimenta em K1 1.000 metros, além do sétimo lugar, correspondente a diploma, de Teresa Portela, em K1 500 metros.

"Treinámos para sermos animais dentro de água"

O K4 500 português na prova de canoagem dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 reconheceu hoje um começo de competição irregular, mas continua inabalável na confiança de sábado garantir a presença na final e um bom resultado na regata das medalhas.

“Esforçámo-nos bastante para estar aqui. Vamos entrar com garra, com vontade. Somos animais de guerra. Treinámos para ser animais dentro de água. É dessa forma que vamos para a semifinal, para garantir um lugar na final. É dessa forma que pensamos, trabalhamos e competimos”, resumiu Emanuel Silva.

O experiente canoísta, que cumpre os seus quintos Jogos Olímpicos e é acompanhado no caiaque por João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela, desvalorizou o começo aquém do valor do barco, garantindo que a única coisa que importa agora é estar bem nas duas regatas de sábado.

“Aqui ninguém menospreza ninguém. Acima de tudo, temos de ter autoconfiança, acreditar que é possível ter um bom desempenho. Não duvidamos de nós próprios. Sabemos o caminho. Esta competição tem um peso enormíssimo e ninguém mais do que nós quer fazer um grande resultado”, vincou.

David Varela assumiu que na eliminatória a tripulação foi apanhada “desprevenida com o árbitro a dar a largada bastante rápido”, pelo que, face à posterior dificuldade de chegar aos dois primeiros lugares de apuramento, a opção foi “usar a cabeça a gerir a prova, pois há muitas mais regatas para disputar”.

Messias Baptista recordou que na Taça do Mundo, a única competição que o quarteto fez este ano, depois de estar sem competir desde os Mundiais de 2019, a equipa passou por processo semelhante.

“Começámos a ter as nossas sensações. Estivemos melhor na segunda regata e isto é passo a passo. O objetivo é entrar na final e fazer a melhor classificação”, reforçou.

João Ribeiro lembrou que esta tripulação “já habituou a estar a nível superior”, que espera encontrar na meia-final, onde só passam quatro dos cinco barcos.

“Não temos outro objetivo além da final”, sintetizou, antes de David Varela acrescentar que “a confiança na equipa e uns nos outros continua lá em cima”.

(Notícia atualizada às 07h19)