Destacou-se no Borussia de Dortmund, da Alemanha, na década de 90 e pendurou as chuteiras em 2006. Ainda participou num Campeonato do Mundo, em 1994, mas é neste Mundial que deposita todas as esperanças numa grande fase final por parte da sua Suíça.
“Sempre disse que iríamos passar este Grupo, que era muito difícil. E agora acredito que vamos continuar a surpreender”, começou por dizer Chapuisat, destacando as armas que considera fundamentais para que a Suíça possa eliminar Portugal no início da noite desta terça-feira (19h00, RTP 1).
“Não temos estrelas, somos outsiders, ninguém pensa que podemos ir longe. Mas o grupo acredita, são muito unidos, o selecionador [Murat Yakin] conseguiu fazer destes 26 jogadores uma verdadeira equipa. A confiança está dentro do grupo e todos acreditam que podem eliminar qualquer favorito, como o é Portugal, neste caso. Se eu também considero? Sem dúvida, tenho a certeza que vamos eliminar Portugal”, salientou o ex-futebolista de 53 anos, não se deixando amedrontar por alguns nomes da equipa das quinas.
“Se tem Cristiano Ronaldo, Pepe, Bernardo Silva e João Félix, nós temos Sommer, um dos melhores do mundo, Shaqiri, Xhaka, Embolo e muitos outros. Não é só Portugal, ou o Brasil e França, que têm grandes jogadores. Nós também temos e se chegámos até aqui foi porque merecemos. E jogámos muito bem em todos os jogos, é isso que me dá ainda mais confiança. Sinto que podemos ter um Mundial para recordar por muitos anos. Este é apenas um primeiro passo, temos uma equipa com muitos jogadores experientes e outros muitos jovens, com muito talento, como Jashari e Rieder . Poderá ser o início de uma grande jornada da seleção da Suíça”, referiu Stéphane Chapuisat, que não coloca Portugal entre os principais favoritos.
“Portugal tem uma grande equipa, mas não é de agora, já tem há muitos anos. Mas no futebol, e em qualquer outro desporto, há uma cultura de vitórias e essa Portugal não a tem, nem a Suíça, claro. Brasil e França, para mim, são os grandes favoritos a conquistar este Campeonato do Mundo. Têm grandes jogadores, equipas e têm essa cultura. A cultura cria-se com vitórias consecutivas e não uma ou outra em décadas”, assinalou.
Homem-golo, nos seus tempos, tal como Cristiano Ronaldo, nos dias de hoje, o suíço também não se coibiu de falar sobre o capitão de Portugal e do seu momento atual. “É um jogador fantástico, tal como Messi. É raro ver um jogador com quase 40 anos a produzir como eles e Cristiano vai continuar a marcar golos. Pode estar a passar por uma fase mais negativa, até porque a idade é importante, mas é um trabalhador, vai dar a volta por cima. Contra a Suíça? Espero que não e acredito que Murat Yakin tenha já a estratégia para o anular”, referiu o suíço que, mesmo perante o atual momento de CR7, não o retirava do onze de Portugal.
“Nunca. Alguém tira o Messi quando está mais em baixo? Além do aspeto desportivo, Cristiano Ronaldo tem um papel de líder e a qualquer momento marca um golo, estando ou não em forma”, assinalou o agora treinador, que, a finalizar, salienta aquele que para si será a estrela deste Mundial.
"Mbappé. Já o disse algumas vezes, mesmo antes de ele começar a marcar golos neste Mundial. Será a próxima estrela e precisava de destacar-se numa competição desta para confirmar que será um dos sucessores de Messi e Ronaldo", concluiu o suíço.
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