Depois de ter sido 55.ª classificada na Volta a Flandres, no domingo, a atleta lusa saiu para um treino pelas 12:00 de segunda-feira, quando foi atingida por um carro ao entrar numa rotunda próxima da meta da própria corrida, ao cabo de 3,5 quilómetros de estrada.
“Esse carro veio pela direita, não parou e abalroou-me, fui pela estrada fora. (…) O senhor parou o carro, mas não percebi a justificação que me deu. A polícia esteve lá. Colocaram-me gesso no braço esquerdo e mandaram-me para casa”, explicou à Lusa a corredora, já em Portugal.
Na Bélgica, “os médicos não foram muito específicos”, pelo que Daniela Reis vai recorrer ainda esta semana a um ortopedista para “saber mais ao certo o que se passa” e compreender as restrições que advêm do incidente.
Para já, não pode treinar com o gesso, e está certo que a corredora que completou no sábado 26 anos vai falhar as próximas corridas do calendário da equipa, como a Amstel Gold Race, sendo que o tempo de baixa está dependente de novos exames.
“Calculo que já não seja possível fazer a Brabantse Pijl, mas tenho pensado que, se estiver de fora duas a três semanas, ainda posso fazer La Flèche Wallonne e Liége-Bastogne-Liége, mas não sei”, confessou.
A tricampeã portuguesa de fundo, em 2015, 2016 e 2018, espera por uma “cicatrização mais rápida” do que o mês e meio de 2018, quando partiu o braço direito.
“Estava a sentir-me bem fisicamente, estive em fugas e sentia-me melhor nas clássicas mais recentes, a passar bem nas subidas, e agora é isto. Não sei quanto tempo vou estar de fora, mas o diretor está otimista que eu ainda possa fazer as últimas clássicas das Ardenas”, acrescenta.
Admitindo que tem “arriscado quase nada” nas corridas devido ao ‘susto’ da temporada transata, a frustração de “acontecer isto ao fim de 10 minutos de um treino tranquilo e para espairecer” vem interromper a boa forma até então, mesmo que tenha ficado “um bocadinho desiludida” em Flandres.
Comentários