Um golo de Herrera, aos 90 minutos, deu hoje ao FC Porto a vitória no clássico com o Benfica, por 1-0, e devolveu aos 'dragões' a liderança da I Liga da portuguesa de futebol, na 30.ª jornada.

Após o final do jogo, instalou-se a confusão no exterior do Estádio da Luz, com adeptos encarnados a arremessarem garrafas e pedras à polícia.

Os adeptos encarnados entraram em confrontos com a polícia, explica fonte da PSP ao DN, "numa zona onde já não deviam estar". A TVI24, acrescenta ainda que a polícia terá disparado balas de borracha.

A operação da PSP tinha registado, até ao apito inicial, cerca das 18h00, três detidos por posse e deflagração de artefactos pirotécnicos.

Segundo avança o Observador, a confusão terá começado entre as portas 10 e 19, sendo que, ao que tudo indica, a confusão terá tido início ainda no interior do Estádio.

“Houve sete detenções no total por agressões e arremesso de objetos a polícias e por posse e deflagração de artefactos pirotécnicos e também um indivíduo identificado por contrafação, em que foi apreendido o material contrafeito”, disse o comissário da PSP Sérgio Soares em declarações à SIC Notícias.

De acordo com a mesma fonte, “seis polícias foram feridos pelo arremesso de garrafas e pedras por parte dos adeptos do Sport Lisboa e Benfica”, obrigado as autoridades a usarem “a força de uma forma mais elevada”.

Foram usados “vários meios coercivos” pela polícia para obrigar os adeptos benfiquistas a saírem do complexo desportivo, nomeadamente “arma de fogo com bagos de borracha”, tendo sido disparados tiros para o ar, mas também para “zonas menos letais, de forma a que os adeptos abandonassem o local”, explicou o comissário.

Segundo o agente da autoridade, os distúrbios começaram “no topo sul do Estádio do Benfica” entre os adeptos do clube e, após a intervenção policial, “a agressividade dos adeptos do Benfica virou-se para a PSP”.

O comissário adiantou que houve adeptos do Benfica e do FC Porto que também ficaram feridos, embora não conseguisse dizer quantos.

Várias ambulâncias acorreram ao local para prestar assistência aos feridos.

“Sabíamos que era um jogo de risco elevado, com casa cheia, cerca de 63 mil espetadores, 3.400 oriundos e adeptos do Porto”, sublinhou Sérgio Soares à estação de televisão.

“Tendo em conta o contexto, decidimos colocar este policiamento mais musculado e, de facto, houve necessidade de usá-lo na parte final do jogo depois da desordem entre os adeptos do Benfica”, acrescentou o comissário.