A informação foi dada pelo porta-voz do G15 e presidente do Paços de Ferreira, Paulo Meneses, após a reunião que o grupo manteve, a seu pedido, com o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, para esclarecer dúvidas sobre a reintegração do Gil Vicente na I Liga.
"Esse era a decisão que todos nós esperávamos que saísse daqui, que fosse mais ou menos consensual", afirmou Paulo Meneses, indicando que tal decisão corresponde a uma "conclusão" sobre a questão do regresso Gil Vicente à I Liga, na próxima época, questão acerca da qual, contudo, se levantaram algumas dúvidas na semana anterior.
O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, foi o porta-voz do grupo nessa altura e explicou então que o G15 queria perceber melhor o "memorando, o acordo e a norma em vigor" que sustentam a decisão de devolver o Gil Vicente à I Liga de futebol, em 2019/2010.
As dúvidas ficaram hoje esclarecidas e a questão agora é encontrar "conforto financeiro" para o clube que será despromovido devido ao regresso dos gilistas, explicou Paulo Meneses.
"Teremos de cumprir regulamentos e também criar condições para que esse clube possa ser afetado o menos possível" pela descida de divisão, que em condições normais afetaria apenas os dois últimos classificados da I Liga, disse.
Paulo Meneses disse que ainda não estão definidos os moldes desse "conforto financeiro" para o clube "sacrificado", o 16.º classificado final, que se fosse hoje seria o Tondela.
A modalidade da recompensa deverá ser determinada em assembleia-geral extraordinária da LPFP, segundo Paulo Meneses.
O responsável disse ainda que hoje não foi equacionado voltar atrás com a decisão de reintegrar o Gil Vicente na I Liga, mas admitiu que tal cenário foi aventado noutras alturas.
Despromovido à II Liga na época 2006/07, por alegada irregularidade na utilização de Mateus, avançado atualmente no Boavista, o Gil Vicente viu a LPFP anunciar a sua reintegração na I Liga em 12 de dezembro de 2017, na sequência de uma decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, em 2016.
Esta instância de recurso declarou nula a decisão de descida do Gil Vicente tomada pelo Conselho de Justiça da FPF, em agosto de 2006.
Na sequência disso, a LPFP aprovou, após recomendação da FPF, a reintegração do emblema de Barcelos no principal escalão na época 2019/20, determinando que, na presente temporada, fossem despromovidos três clubes e promovidos dois da II Liga.
Atualmente, o Gil Vicente disputa a Série A do Campeonato de Portugal - terceiro escalão -, sem que os seus jogos contem para a classificação, por determinação federativa.
Recentemente vários clubes do principal escalão admitiram recorrer à justiça para impugnar o campeonato, alegando que a decisão judicial de 2016 não obriga à reintegração do clube de Barcelos.
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