“Esclarecemos que a suspensão dos membros do ex-Conselho Diretivo (CD) destituído resultou da participação de sócios na plenitude dos seus direitos, e que é absolutamente legal e estatutária, tendo a respetiva legitimidade sido sufragada por decisões judiciais sucessivas”, pode ler-se no comunicado da CG, que sentiu necessidade de fazer este esclarecimento na sequência de dúvidas levantadas por vários núcleos.

Em causa, a suspensão preventiva decretada pela comissão de fiscalização do ex-presidente e ex-vice-presidente do CD, Bruno de Carvalho e Carlos Vieira, que anunciaram a intenção de se candidatar às eleições para a presidência do Sporting marcadas para 08 de setembro, encabeçando cada um a sua lista, e que têm contestado a decisão daquele órgão que substitui interinamente o Conselho Fiscal e Disciplinar.

A CG esclarece que o Regulamento Disciplinar está em vigor desde 17 de fevereiro de 2018, data em que foi aprovado por iniciativa do anterior CD, cujo artigo 20.º prevê expressamente a figura da suspensão preventiva, ao contrário do que tem sido propalado por alguns dos membros suspensos.

Entretanto, os dois visados, Bruno de Carvalho e Carlos Vieira já reagiram, no Facebook, ao comunicado da CG, o primeiro para lamentar “as mentiras que o mesmo contém e com efeito nulo quanto à legalidade do que pretende exigir aos núcleos”, considerando que o Sporting “não pode viver, através de pessoas que não foram eleitas pelos seus sócios, dias de total falta de democracia e desrespeito pela Lei e pelos sportinguistas”, certo de que estes “saberão impedi-lo”.

“Tenho a certeza de que todos os candidatos vão ainda hoje repudiar o teor do mesmo pela sua crença nos valores como democracia, pluralidade de ideias e acesso a todos à informação”, rematou Bruno de Carvalho.

Já Carlos Vieira fez saber que, apesar da insistência de alguns núcleos para que a sua lista de candidatura sob o lema ‘Sporting Primeiro’ mantivesse as ações de campanha, decidiu cancelá-las como contributo para um clima de serenidade e tranquilidade no clube, mesmo discordando a decisão da CG.

No entanto, promete que irá continuar a contactar sportinguistas e a pugnar pelos seus legítimos direitos.