“Temos de ser sólidos na forma de abordar a partida, humildes e não ir nessa onda que passaram em Portugal de que éramos favoritos, que já tínhamos a qualificação praticamente conseguida: é tudo menos isso! Amanhã (quarta-feira) vamos ter dificuldades. Temos de ser um FC Porto à nossa imagem para conseguirmos um resultado positivo”, vincou.

Disputadas duas jornadas no Grupo H, o FC Barcelona comanda com o pleno de seis pontos, seguido de FC Porto e Shakhtar Donetsk com três, enquanto o Antuérpia, surpreendido em casa pelos ucranianos, ainda não pontuou.

“O Antuérpia integra um campeonato competitivo, imprevisível e não podemos esquecer que a seleção da Bélgica esteve há bem pouco tempo no topo do futebol mundial. Espero um adversário à imagem disso, que vai competir e querer retificar o resultado com o Shakhtar em casa (2-3). Vamos ter dificuldades”, vaticinou.

Destacou o facto de o seu rival ser das equipas “com mais posse de bola” no campeonato belga e o facto de agora ter um jogo mais apoiado, salientando os “jogadores de qualidade” para sair das zonas de pressão nas transições defesa-ataque.

Por isso, dos seus pupilos, espera que “melhorem a eficácia”, pois entende que o FC Porto tem “materializado pouco aquilo que tem criado” em termos ofensivos.

“Somos das equipas com mais ações nas provas nacionais e na ‘champions’, com mais chegada ao último terço e a criar situações de golo. O momento de meter a bola lá dentro é que conta, mas todos os dias trabalhamos a finalização. Temos de olhar o processo com tranquilidade, para, nas zonas de golo, metermos a bola lá dentro. Não conheço outra receita que não o trabalho”, elucidou.

Desvalorizou a ausência do médio Mandela Keita — “por muito importante que seja um jogador, mesmo com um peso muito grande, o coletivo é o mais importante” — até porque, lembra, os ‘azuis e brancos’ também têm “alguns atletas de fora”.

Pepe, Wendell e Eustáquio foram chamados e “estão aptos para ir a jogo”, mas a sua inclusão vai depender da “estratégia e ritmo”, bem como perceber “quem pode jogar 90, 60 ou 30 minutos”.

Agradeceu os elogios do técnico adversário, Van Bommel, que recordou o seu caráter quando era futebolista, contudo, lembrou que agora ambos se vão defrontar em “papéis diferentes”.

“A forma dedicada e apaixonada como jogámos — e mantemos enquanto treinadores — faz com que estejamos hoje na maior prova de clubes do mundo, a treinar equipas com história, com grande gabarito e isso deixa-me feliz”, disse.

O embate entre FC Porto e Antuérpia, da terceira jornada do Grupo H da Liga dos Campeões em futebol, está marcado para as 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Bosuil, em Antuérpia, com arbitragem do francês Benoît Bastien.