A Coreia do Norte "provavelmente participará", disse Chang Ung aos jornalistas durante uma escala no aeroporto de Pequim, um dia depois de o país te aceite a proposta sul-coreana de conversações na próxima terça-feira, anunciou o Ministério para a Unificação da Coreia do Sul, responsável pelas relações entre os dois países.
"A Coreia do Norte enviou uma mensagem esta manhã [de sexta-feira] a indicar que aceitava a proposta de conversações a 09 de janeiro, feita pelo Sul", declarou um responsável do Ministério.
O encontro vai realizar-se em Panmunjom, aldeia na fronteira entre os dois vizinhos, onde foi assinado o armistício da Guerra da Coreia (1950-53).
O porta-voz do Ministério para a Unificação, Baek Tae-hyun, disse aos jornalistas que estas conversações seriam sobre os Jogos Olímpicos de inverno em PyeongChang, que decorrem entre 9 e 25 de fevereiro, e sobre "a questão da melhoria das relações intercoreanas".
O diálogo surgiu após dois anos de deterioração das relações bilaterais. Neste período, a Coreia do Norte realizou três testes nucleares e multiplicou os ensaios de mísseis.
Na segunda-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, aproveitou a mensagem de Ano Novo para comunicar que o país atingiu o seu objetivo militar de ter capacidade para ameaçar com as armas nucleares todo o território continental dos Estados Unidos.
No mesmo discurso, Kim estendeu a mão ao Sul, ao afirmar que Norte e Sul deviam reunir-se para debater e negociar a presença de uma delegação norte-coreana em PyeongChang.
Em resposta, Seul propôs a realização de conversações de alto nível, a 09 de janeiro, em Panmunjom, na primeira proposta do género desde 2015. Na quarta-feira, as duas Coreias reabriram a ligação telefónica, cortada desde 2016.
Já na quinta-feira à noite, Washington e Seul concordaram em adiar os exercícios militares conjuntos previstos durante os Jogos Olímpicos.
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