Em conferência de imprensa de antevisão da corrida, Jorge Teixeira, responsável da Runporto, apontou que prevê ter "os 15 mil inscritos a correr e mais de 100 mil pessoas nas ruas", manifestando-se "feliz" por ver esta prova a se "sedimentar" no calendário nacional.

No entanto, Jorge Teixeira não esqueceu alguns apelos e, numa sessão muito emotiva, uma vez que reuniu muitos atletas, dirigentes, familiares e patrocinadores, por esta ser a 25.ª São Silvestre do Porto, pediu "mais apoios".

"Lembro-me de 'vender' a corrida aos patrocinadores e dizer que ia ter campeões. Agora não é assim porque o atletismo português já não é assim. E a culpa é de todos. De quem olha só para um futebol que não interessa a ninguém e é tudo menos desporto. As corridas vão tendo dinâmica, mas precisamos de mais atletas, mais campeões e de apoios e de reconhecimento", disse o líder da Runporto.

A São Silvestre do Porto realiza-se a 30 de dezembro, com partida e chegada na Avenida dos Aliados, passando por várias ruas emblemáticas da cidade portuense.

A prova, dividida em duas vertentes - uma corrida de dez quilómetros e uma caminhada de cinco -, começa às 18:00.

Na elite masculina, destaca-se o nome do sportinguista Rui Pedro Silva. Já a tabela distribuída aos jornalistas com dados da elite feminina é liderada pela bracarense Marta Martins.

A cerimónia de hoje também serviu para homenagear os vencedores das 24 edições anteriores da São Silvestre do Porto, sendo que, do lado masculino, Rui Pedro Silva foi quem mais venceu esta prova, uma vez que terminou em primeiro oito vezes, seis das quais consecutivamente (2009 a 2014), bem como em 2016 e 2017.

Já a campeã olímpica Fernanda Ribeiro foi quem mais venceu esta prova, tendo conquistado quatro 'ouros' em 1998, 2000, 2001 e 2010.

Hoje, foram ainda homenageados Domingos e Dionísio Castro, gémeos naturais de Guimarães, distrito de Braga, que se destacaram no atletismo, num "atletismo diferente" disse um dos homenageados em nome de ambos.

"Lembro-me de que todos nós, todos os atletas, todos os corredores, eram amigos. Era um atletismo diferente. É importante que exista mais união para se conseguir colocar a modalidade no topo", disse Domingos Castro, cuja maior conquista terá sido o segundo lugar nos 5.000 metros nos Campeonatos do Mundo de Roma, em 1987.

Já a Dionísio Castro é atribuído como principal feito o máximo mundial dos 20.000 metros, com a marca de 57.18,04 minutos, que ainda hoje é recorde europeu, estabelecido em 1990, em La Fleche, França.

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