“Os resultados dos últimos testes a técnicos, ‘staff’ e jogadores do plantel profissional do Clube Desportivo das Aves revelaram-se negativos para todos, à exceção de um caso, que se revelou inconclusivo, depois até de já ter sido testado uma segunda vez”, lê-se em comunicado publicado no sítio oficial dos nortenhos na Internet.
Os 66 membros do Desportivo das Aves repetiram no sábado os testes no centro de rastreio móvel montado no Queimódromo do Porto, com colheita de sangue e zaragatoa nasal, cumprindo as regras determinadas pelas autoridades sanitárias, em articulação com o plano de retoma definido pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
“De acordo com o protocolo definido para estas situações, o jogador em causa vai permanecer isolado do restante grupo de trabalho até fazer novos testes à covid-19 e ficar esclarecida a sua situação, pelo que já nem tinha iniciado os treinos desta semana, por precaução. O plantel do CD Aves volta a treinar terça-feira de manhã”, termina a nota.
No plano de desconfinamento face ao novo coronavírus, o Governo autorizou a realização à porta fechada dos 90 jogos da I Liga, que regressa em 3 de junho e é liderada pelo FC Porto, com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, e da final da Taça de Portugal, entre ‘dragões’ e ‘águias’, tendo excluído a continuidade da II Liga.
Depois de ter encerrado duas semanas de trabalho individualizado com a primeira bateria de testes negativos ao novo coronavírus, o plantel de Nuno Manta Santos avançou na segunda-feira para treinos coletivos no relvado do recinto do emblema de Santo Tirso, aprovado quatro dias depois pela Direção-Geral da Saúde para albergar a retoma da I Liga.
Alojado no terceiro e último patamar da Liga de clubes, o Estádio do CD Aves precisou de reforçar a sinalização das medidas de segurança e implementar tapetes desinfetantes a pedido das autoridades regionais de saúde, de forma a poder receber os jogos do lanterna-vermelha, que somou 13 pontos em 24 rondas, nove abaixo da zona de salvação.
O Desportivo das Aves tem atravessado uma série de contrariedades desportivas, diretivas e financeiras desde agosto e pode perder dois a cinco pontos pelo atraso salarial verificado entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, dívidas que a SAD justificou com a paralisação da atividade económica na China, motivada pela pandemia de covid-19.
O processo seguiu da LPFP para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol em 03 de abril, originando as rescisões unilaterais do guarda-redes francês Quentin Beunardeau e do avançado brasileiro Welinton Júnior, enquanto a administração liderada pelo chinês Wei Zhao liquidava parte das verbas aos plantéis principal e sub-23.
Os campeonatos de França, Países Baixos, Bélgica e Escócia foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso gradual à competição, como Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, depois de a Liga alemã ter sido retomada em 16 de maio.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.
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