Frederico Varandas anunciou hoje nas redes sociais que durante o período em que vigorar o estado de emergência, decretado na quarta-feira pelo Presidente da República, vai servir o país enquanto médico.

O presidente do Sporting Clube de Portugal é licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e licenciado em Medicina Militar pela Academia Militar, foi de “bata” que entrou no mundo em que a bola assume protagonismo, ao tornar-se diretor clínico dos leões durante a liderança de Bruno de Carvalho.

Médico de profissão e capitão do Exército, Varandas acedeu, assim, ao apelo efetuado hoje pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), que está a aceitar voluntários - inclusive militares na reserva e na reforma, e ex-militares - para auxiliarem as Forças Armadas no reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Pelas gerações dos nossos pais e avós mas também por esta geração que não pode crescer num país sufocado noutra grave crise económica. Por todos eles, por Portugal...vamos! Cada um à sua maneira. Uns a tratarem dos doentes, outros a fazerem pão, outros a informarem os portugueses, outros a trabalharem nos seus serviços para manter a economia e o País de pé. Já servi o País, hoje vou voltar a fazê-lo enquanto o Estado de Emergência durar...e voltarei sempre que Portugal precisar. Vamos...vamos com tudo!!", escreveu o dirigente verde e branco o Instagram.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira.

O número de mortos no país subiu para quatro, com anúncio da morte de uma octogenária em Ovar, feito pelo presidente da Câmara local, horas depois de a DGS ter confirmado a existência de três vítimas mortais até às 24:00 de quarta-feira em Portugal.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou o estado de emergência na quarta-feira - aprovado pelo parlamento, depois de parecer favorável do executivo - que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que seja justificada.