"Quando for a altura certa, embora não saibamos quando será, abriremos [as bancadas] com certeza. Mas, para já, com estes números e esta tendência crescente, não é previsível que tal aconteça, embora possa haver modificações que nos levem a tomar outras decisões", afirmou Lacerda Sales, em entrevista à SIC Notícias.

O governante afirmou que a questão será avaliada pelo Governo, juntamente com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), mas sempre "dependendo da evolução epidemiológica" no país.

"Não podemos dar sinais contrários à epidemia, ao aumento do estado de contingência do país. Seria mau que quem quer que seja tente dar indicadores contrários à evolução epidemiológica no país", vincou António Lacerda Sales, referindo que "as pessoas podem ver futebol na televisão, em casa".

De resto, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde salientou que "o comportamento [das pessoas] no futebol é sempre de grandes emoções e paixões", embora ressalvando que "os adeptos portugueses sabem comportar-se, são disciplinados e têm consciência cívica".

Na segunda-feira, o presidente da LPFP, Pedro Proença, confirmou que o organismo apresentou ao Governo uma proposta para voltar a preencher as bancadas "até uma capacidade máxima de 30%" e lamentou que a proposta não tenha sido aceite.

Contudo, Proença mostrou-se esperançado de que esse cenário possa ser alterado no início de outubro: "Foi-nos dito que na reunião de dia 02 [de outubro] obteríamos da parte do Governo uma solução que fosse integradora dos espetadores nos estádios, portanto é isso que esperamos que aconteça dentro de uma normalidade e de uma evolução epidemiológica que ditará as regras neste aspeto."

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.928 pessoas dos 70.465 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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