“Foi-me transmitido pelo presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e publicamente pelo presidente do Vitória de Setúbal que não havia nenhuma razão para que o Marítimo não jogasse na sua própria casa e que não encaravam como obstáculo vir jogar à Madeira. Isto é que é uma solidariedade nacional. Espero que os outros tenham a mesma compreensão e que a Liga e a Federação tenham essa compreensão”, afirmou à RTP-Madeira.
A possibilidade de impugnação, avançada pelo diretor-desportivo, Briguel, na quinta-feira, caso o Marítimo tivesse de jogar os jogos que tem como visitado no continente, foi colocada de parte, por agora.
“Neste momento, penso que é radical. O que foi transmitido pelo nosso diretor do departamento de futebol tem muito que ver com o passado, em que era quase radical a participação do Marítimo na região na sua infraestrutura. Hoje, penso que está um pouco ultrapassado e que as coisas estão mais compreendidas e muito mais aceitáveis do que foi a posição inicial”, considerou o dirigente ‘verde rubro’.
Carlos Pereira voltou a defender que o Estádio do Marítimo, de nível 1, cuja vistoria está por realizar, de acordo com o secretário regional madeirense da Saúde, Pedro Ramos, tem as condições necessárias para continuar de serviço esta temporada.
“Tem balneários de bom nível e com a dimensão que a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda. Dois no lado nascente e dois no lado poente. Há uma grande separação e ventilação. Responde a todos os requisitos do caderno de encargos e ao protocolo exigido pela DGS, que o Marítimo ainda supera todos esses requisitos”, descreveu.
Além de Benfica e Vitória de Setúbal, o Marítimo tinha ainda receções a Gil Vicente, Rio Ave e Famalicão, antes da suspensão do campeonato, em 12 de março, devido à pandemia de covid-19, e que tem o regresso apontado para 04 de junho.
Os madeirenses ocupam a 15.ª posição, com 24 pontos somados em 24 jornadas, e perderam em casa do Moreirense, por 2-0, na última partida, realizada em 08 de março.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Os campeonatos de futebol de França e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede na Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 04 de junho.
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