O AOC após uma reunião do comité executivo, realizada através de teleconferência, decidiu fazer o mesmo que o Canadá, o primeiro país a renunciar oficialmente a participação nos Jogos Olímpicos por causa da pandemia de Covid-19.
O Comité Olímpico Internacional tem quatro semanas para indicar a realização - ou não - dos Jogos Olímpicos que estão agendados para Tóquio, no Verão.
"O Comité Olímpico Australiano defende que os nossos desportistas devem estabelecer como prioridade a sua própria saúde e permanecerem com as famílias", refere o comunicado do AOC.
O diretor executivo do AOC, Matt Carroll, acrescentou que há muitos desportistas australianos em preparação no estrangeiro, com restrições de viagem e em situações insustentáveis.
O responsável anunciou também que vai comunicar às respetivas federações nacionais a explicação da "nova circunstância", após o AOC ter decidido renunciar à participação nos Jogos de Tóquio.
Ian Chesterman, o chefe da missão de equipas australiano aos Jogos Olímpicos de Tóquio referiu que a preparação dos atletas nacionais "é magnífica" mas a pressão e a incerteza são demasiado fortes.
"O tempo vai permitir aos desportistas de todo o mundo uma preparação correta e com a esperança de que a crise da pandemia vai ser controlada", acrescentou Chesterman.
A decisão da Austrália segue-se à do Canadá. O país norte-americano anunciou que não vai enviar atletas aos Jogos Olímpicos de Tóquio e exigiu o adiamento do evento. No domingo, os Comités Olímpico e Paralímpico do Canadá (COC e CPC, respetivamente) disseram ter "tomado a difícil decisão de não enviar equipas" a Tóquio2020, de acordo com um comunicado conjunto.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 1.720 mortos em 28.572 infeções, o Irão, com 1.685 mortes num total de 22.638 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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