“Será um Dakar fora do normal. Pela primeira vez decorre num único país, terá dez dias e com uma geografia em que 70% serão areia e dunas”, revelou o diretor da competição, o francês Etienne Lavigne.
Entre os dias 07 e 17 de janeiro, a caravana enfrenta cerca de 5.000 quilómetros, dos quais 3.000 cronometrados, mas o responsável da Amaury Sport Organization (ASO) avisa que esta edição, totalmente disputada no Peru, será “uma das mais duras de sempre”.
“Este ano, enfrentamos terrenos que exigem uma boa preparação física. As dunas e a areia são cenários que exigem muita técnica e conhecimentos de pilotagem. A somar a isso há a navegação, a orientação no labirinto de dunas. É preciso encontrar o caminho certo e passar os pontos obrigatórios do percurso. Isso implica três exigências, um Dakar físico, um Dakar técnico, um Dakar difícil”, explicou Etienne Lavigne.
A partida será dada em 07 de janeiro, em Lima, aonde a caravana regressa no dia 17.
Entre os 534 participantes, divididos pelos 334 veículos inscritos, há 17 portugueses. Paulo Gonçalves (Honda), Joaquim Rodrigues Jr. (Hero), Mário Patrão (KTM), David Megre (KTM), Fausto Mota (Yamaha), António Maio (Yamaha), novo campeão nacional, Sebastian Bühler (Yamaha) e Miguel Caetano (Yamaha), participam na competição das motas.
Nos automóveis participa Pedro Mello Breyner, num Alta Ruta 4×4 Peru, navegado pelo peruano Juan Godoy.
O navegador alentejano Filipe Palmeiro estará, desta vez, ao lado do checo Boris Garafulic, num MINI da X-Raid
Na categoria de SxS, que tem este ano o dobro dos participantes (30), estará Miguel Jordão, num Can Am, navegado pelo brasileiro Lourival Roldan. Também o antigo campeão nacional de todo-o-terreno, Ricardo Porém, garantiu vaga pela primeira vez, com um Can Am, navegado por Jorge Monteiro. Também Bruno Martins (Can Am) e Rui Ferreira estarão presentes.
Nos camiões, José Martins volta a ser o condutor do DAF, navegado pelo francês Jean-Jacques Martínez e pelo espanhol Jordi Obiols.
Em 2019 haverá mais nove participantes do que na edição deste ano. São 126 carros, 167 motas e 41 camiões.
Tal como em 2018, os carros serão os primeiros a partir na segunda etapa. Na quinta e na nona, a partida será em grupo, enquanto que na oitava, em Ica, serão os dez primeiros classificados da jornada anterior nos carros, os dez primeiros nas motas e os cinco primeiros nos camiões a saírem na frente.
A etapa maratona, em que os pilotos não podem receber assistência externa, será entre o quarto e o quinto dia.
Esta 41.ª edição do Dakar terá um recorde de estreantes (135 pilotos, o que corresponde a um terço). É também a edição com mais pilotos femininos (17) desde que a prova passou para a América do Sul, em 2009.
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