A confirmação do contrato foi dada pelo próprio técnico na conferência de imprensa de apresentação, que decorreu no estádio do Bessa, tendo o mesmo respondido que assinou por meia época, mas que "podia ter sido por três".
"O contrato pode ser prolongado a qualquer altura, se for do agrado das partes", afirmou Daniel Ramos, quando questionado sobre o porquê de só ter assinado por meia época.
Daniel Ramos, que na I Liga já representou Marítimo, Rio Ave e Desportivo de Chaves, rende Lito Vidigal, que foi despedido na terça-feira, tendo deixado o Boavista no nono posto da I Liga, com 14 jornadas disputadas e 18 pontos conquistados.
"É uma grande responsabilidade" orientar o Boavista, disse o substituto de Lito Vidigal, acrescentando querer "fazer parte do crescimento para um 'Boavistão'", designação que o clube do Bessa ganhou nos seus melhores anos na primeira divisão do futebol português, antes mesmo da conquista do seu único título nacional, em 2001.
Daniel Ramos disse que, "passo a passo", irá dar o seu "cunho pessoal" ao futebol 'axadrezado', que muitos adeptos criticavam apesar dos resultados que o Boavista conseguiu.
O novo treinador boavisteiro afirmou, também, que pretende dotar o futebol 'axadrezado' de uma "ideia de jogo boa, que agrade e que valorize os ativos do clube" e foi com esse objetivo em mente que Daniel Ramos começou já hoje a trabalhar.
O técnico recusou falar sobre as buscas que a Polícia Judiciária e a Autoridade Tributária efetuaram hoje à SAD do Boavista, no seu primeiro dia no Estádio do Bessa, e adiantou que o foco esteve no "conhecimento mútuo" entre si e a equipa e na transmissão da ideia de futebol que tem para os jogadores.
Essa ideia ambiciona chegar a um "jogo atrativo, diferente e com outras caraterísticas" daquele que o Boavista adotou com Lito Vidigal, explicou, fazendo votos para "que corra bem a época".
O contrato com o Boavista é válido até ao final desta época e, "se for do agrado de todos, a qualquer momento pode ser prolongado".
O presidente do Boavista, Vítor Murta, disse que Lito Vidigal saiu porque "não estavam reunidas as condições" para que o crescimento ambicionado pelos boavisteiros ocorresse de acordo com o desejado e, como tal, "era necessário uma mudança".
"Vivemos um momento de união e era preciso estarmos todos juntos", acrescentou Vítor Murta, referindo que "Daniel Ramos tem a qualidade" necessária para o projeto do Boavista.
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