Eles são os primeiros cheerleaders profissionais a atuar no Super Bowl.
O duo dos Los Angeles Rams quebrou a barreira de género quando se juntou à equipa em março do ano passado, tornando-se os primeiros homens cheerleaders na história recente da NFL (pelo menos desde 1987 - a assunção de que eram os primeiros homens cheerleaders na NFL foi disputada por Billy Quercia, ex-membro da equipa de cheerleaders dos Atlanta Falcons nas épocas 1987/88).
O desporto, tradicionalmente reservado a homens no séc. XIX, transformou-se numa atividade sobretudo para mulheres (números de um estudo publicado em 2003 davam conta de que mais de 3,5 milhões de pessoas participavam em equipas de cheerleading nos Estados Unidos, 97% das quais mulheres)
Outras equipas, como os Indianapolis Colts ou os Baltimore Ravens têm acrobatas masculinos, mas Quinton Peron e Napoleon Jinnies estão lá para dançar ao lado das suas colegas, como salienta a CNN. E é isso que os distingue dos demais.
Não é a primeira vez que os Rams quebram barreiras, escreve o The Guardian, recordando que em 1946 a equipa recrutou Kenny Washington, o primeiro jogador afro-americano a assinar contrato na NFL depois de uma proibição levantada após o final da II Guerra Mundial. A equipa de Los Angeles também recrutou Michael Sam, o primeiro jogador assumidamente homossexual a ser recrutado para a NLF, em 2014.
A atuação de Quinton Peron e Napoleon Jinnies traz uma nota positiva a esta edição do Super Bowl, que ficou marcada pela recusa de Rihanna e Cardi B de atuar no intervalo — um momento com grande projeção para os artistas que nele participam e tipicamente motivo de orgulho — em protesto contra a disputa entre a NLF e Colin Kaepernick,
Em 2017, vários jogadores da NFL se ajoelharam durante o hino norte-americano em protesto contra a violência policial e desigualdade social e racial no país. A iniciativa de ajoelhar ou sentar durante o hino partiu de Colin Kaepernick, então nos San Francisco 49ers e agora sem clube, e foi duramente criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pediu aos adeptos para deixarem de comparecer em jogos onde o protesto aconteça.
Maroon 5 e Travis Scot vão atuar nesta final do campeonato norte-americano de futebol americano, mas têm sido pressionados para recuarem.
Os Los Angeles Rams enfrentam os New England Patriots às 18:30 locais (23:30 em Lisboa) no Mercedes Benz Stadium, em Atlanta, Geórgia.
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