Os ensaios de Luka Begic (40+3 minutos), Samuel Marques (55) e Raffaele Storti (67), todos transformados por Marques, não foram suficientes para atenuar a copiosa derrota, em Murrayfield, em Edimburgo.

Isto contra um rival que repetiu apenas um jogador, Tom Jordan, no ‘quinze’ que, há uma semana foi derrotado, no mesmo local, pela atual campeã do mundo, África do Sul (32-15).

Só mesmo a capacidade ofensiva, expressada nos três toques de meta, garantiu a menor diferença no marcador (38 pontos) em três encontros entre as duas seleções, após os desaires por 85-11 em 1998 e por 56-10 no Mundial de França2007.

A seleção portuguesa raramente conseguiu ter bola na primeira parte e, com vários erros cometidos nas poucas vezes em que a teve, saiu para o intervalo a perder por 33-7, números esclarecedores e que não deixavam antever um bom final.

Quando fez o seu terceiro ensaio, de penalidade, a Escócia tinha 79% de posse de bola e ainda aproveitou a superioridade numérica resultante do cartão amarelo exibido a Duarte Torgal nesse lance para somar mais dois toques de meta antes do descanso.

Na única fase do primeiro tempo em que Portugal conseguiu ter bola sem a ‘oferecer’ ao adversário, Luka Begic salvou a ‘honra’ da equipa com um ensaio de ‘maul’ que atenuou ligeiramente a diferença ao intervalo.

O segundo tempo começou com nova ‘oferta’ para o sexto ensaio escocês, mas a reação positiva de Portugal permitiu reequilibrar os números da posse de bola para 51%-49% no final dos 80 minutos.

O que ajuda a explicar que, depois disso, os portugueses tenham conseguido mais dois ensaios, por Samuel Marques (55) e Raffaele Storti (67), contra ‘apenas’ três dos escoceses.

Portugal quis mostrar o seu já famoso jogo rápido e à mão, mas cometeu demasiados erros nesse processo e ‘ofereceu’ vários ensaios a um adversário que, sendo de outro patamar no râguebi internacional, não deveria conseguir um resultado tão dilatado.

Contas feitas, o melhor que os ‘lobos’ levaram de Murrayfield foi o caderno cheio de notas de Simon Mannix, que terá muito para afinar até à qualificação para o Austrália2027, que se joga em fevereiro de 2025.