Na estreia em torneios ATP e na primeira oportunidade, Henrique Rocha agarrou com duas mãos o convite da organização e conseguiu duas vitórias no qualifying.
Entrou na primeira ronda do quadro principal e encontrou Bernabe Zapata Miralles (n.º 43 do ranking ATP). Os parciais 6-4, 6-2, ao longo de uma 1h37m, desfecho a favor do espanhol, ditou o adeus do jovem tenista português, a dois dias festejar o 19.º aniversário.
Jogar contra “um jogador top-50 que não me conhece muito bem, deu-me vantagem” no início, assumiu o portuense, algo que virou à medida da rodagem dos minutos. “Nos momentos decisivos jogou melhor que eu, foi muito mais sólido, meteu muitas bolas que eu não estava à espera que entrassem, mas entrava sempre um bocadinho, mas por isso é que ele é top 40 e espero um dia chegar lá”, suspirou o número 590 da hierarquia mundial.
“Ninguém gosta de perder e fiquei chateado com a derrota. O balanço é positivo, é uma boa primeira experiência para palcos grandes e espero um dia jogar em palcos maiores”, acrescentou aos jornalistas, preparado para, no imediato, virar agulhas para o Challenger, circuito onde fará igualmente a estreia.
O mediatismo com que sai do Millennium Estoril Open “foi a parte mais complicada”. Ainda está “a processar”, reconheceu Henrique Rocha. “Até estou a sair-me bem”, acrescentou.
Para o fim, deixa uma confidência. “Às vezes, é desconfortável antes do jogo, quando estou concentrado, pedem-me um autógrafo e às vezes não sei se a minha reação é muito boa, mas espero ter conseguido dar autógrafos a toda a gente e todos tenham ficado contentes”, sublinhou, na despedida aos jornalistas na mix zone (zona mista), para ser, de imediato, abordado por um caça-autógrafos.
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