No encontro inaugural da quarta ronda, o colombiano Luis Díaz repetiu o tento que ditou o triunfo de há duas semanas no Dragão (1-0), logo aos seis minutos, mas a vantagem ‘desapareceu’ devido a um autogolo do congolês Mbemba, aos 61.

Um empate em San Siro jamais será um mau resultado, mas, antes e depois do golo dos transalpinos, os comandados de Sérgio Conceição, sempre fortes na ‘Champions’, poderiam ter conseguido um segundo tento e alcançado os três pontos, até porque foram mais perigosos mesmo quando os anfitriões estiveram por cima.

Otávio (10 minutos), Grujic (17, 25 e 32) - a grande figura da primeira parte, depois de ter sido chamado ao ‘onze’ à última hora para substituir Uribe -, Evanilson (55) e Taremi (71) tiveram excelentes ocasiões para faturar.

Por seu lado, e apesar de ter equilibrado o jogo na segunda parte e de até ter conseguido alguns momentos de superioridade, depois de ter sido dominado na primeira, o AC Milan, mesmo perigoso nas transições, raramente ‘assustou’ Diogo Costa.

Com este resultado, o FC Porto isolou-se, para já, no segundo lugar do Grupo B, com cinco pontos, um acima do Atlético de Madrid, que joga em Liverpool, líder, com nove, enquanto os ‘rossoneri’ somaram o primeiro ponto, mas ficaram mais perto do ‘adeus’.

Em relação ao triunfo por 1-0 no Dragão, o treinador portista efetuou duas alterações, ambas forçadas, fazendo entrar Zaidu e Grujic para os lugares dos lesionado Wendell e Uribe, que ainda foi anunciado no ‘onze’, mas falhou no teste final.

Por seu lado, Stafano Pioli, que voltou a confiar no português Rafael Leão, procedeu a três alterações, ao trocar Kjaer, Ballo e Krunic por Romagnoli, Theo Hernández e Brahim Díaz, mantendo o sueco Zlatan Ibrahimovic a começar no banco.

A formação portista entrou afirmativa, como no Dragão, assustou logo no primeiro minuto, por Evanilson, e marcou aos seis: Grujic, que nem era para jogar, pressionou e roubou a bola a Bennacer, entrou na área e serviu Luis Díaz, que, isolado, não teve dificuldades em voltar a marcar aos italianos.

O golo acentuou o domínio da formação de Sérgio Conceição, que poderia ter aumentado a vantagem aos 10 minutos, quando Otávio atirou para as ‘nuvens’ preciosa assistência de Luis Díaz, e aos 17, 25 e 32, em três cabeceamentos de Grujic defendidos por Tatarusanu, o primeiro com grandes dificuldades.

Um remate de Giroud, detido superiormente por Diogo Costa, aos 33 minutos, foi o primeiro sinal ofensivo dos italianos, que, em contra-ataque, voltaram a assustar já nos descontos, aos 45+1, mas Saelemaekers atirou muito por cima uma jogada entre Theo Hernández e Rafael Leão.

O FC Porto ainda acabou por cima a primeira parte, mas, com Kalulu em vez do tocado Calabria, o AC Milan veio diferente para a segunda parte, mais afirmativo, com mais posse de bola, tentando instalar-se no meio-campo portista.

Os italianos melhoraram, mas foi a formação portista que quase marcou, aos 55 minutos, num cabeceamento de Evanilson à barra, assistido também de cabeça por Pepe, na sequência de um livre de Sérgio Oliveira.

A formação lusa não aproveitou e, aos 61 minutos, foi o AC Milan a empatar: Bennacer marcou um livre frontal, Giroud ganhou a sobra e atirou para a defesa de Diogo Costa, aparecendo, depois, a recarga de Kalulu, que Mbemba desviou para a própria baliza.

O empate empolgou os transalpinos, que ficaram por ‘cima’ no encontro, mas sem conseguir criar verdadeiras oportunidades de golo, ao contrário do FC Porto, que voltou a estar perto aos 71 minutos, quando Taremi, em boa posição, atirou por cima.

Com as substituições, o AC Milan ‘cresceu’ mais do que o FC Porto, sobretudo devido à entrada do carismático Ibrahimovic, que substituiu Giroud, aos 76 minutos, e ainda colocou a bola na baliza portista, aos 83, mas com um fora de jogo na jogada.

Na parte final, o jogo ficou muito partido, com os ‘dragões’ a arriscarem com a defesa muito subida, em busca de ainda chegarem ao segundo golo, mas nenhuma das formações teve qualquer grande ocasião para chegar ao triunfo.