“O dia 27 de abril foi histórico para o nosso FC Porto. Endereçamos os parabéns ao novo presidente, André Villas-Boas. Lavramos o nosso muito obrigado ao presidente Pinto da Costa. Agradecemos o apoio dos 1.946 associados que, com o seu voto, nos deram essa responsabilidade de continuarmos a lutar pelos valores fundamentais do nosso clube”, assumiu a lista “Por um FC Porto maior, unido, insubmisso e eclético”, nas redes sociais.
O Conselho Superior elegeu 20 membros efetivos através do método de Hondt, tendo a lista D mantido apenas um dos três assentos alcançados nas últimas eleições, em 2020.
O movimento encabeçado pelo advogado e professor universitário Miguel Brás da Cunha acumulou 1.936 votos, contra os 18.806 da lista A, liderada por André Villas-Boas, antigo treinador da equipa de futebol do FC Porto e novo presidente do clube, que arrebatou 15 vagas e indicou Fernando Freire de Sousa como primeiro candidato ao órgão consultivo.
Já a lista B, do então dirigente máximo ‘azul e branco’, Pinto da Costa, ficou na segunda posição, com 5.511 votos, para entregar a Américo Aguiar, cardeal e bispo de Setúbal, o primeiro de quatro mandatos atingidos no Conselho Superior, cuja corrida eleitoral teve ainda 542 votos em branco e 69 nulos, não sendo disputada pela lista C, de Nuno Lobo.
“Saudamos o elevado civismo com que decorreu a votação. Agradecemos aos delegados e colaboradores, que estiveram todo o dia a garantir o bom funcionamento do processo eleitoral. Trabalharemos no Conselho Superior para ter um FC Porto insubmisso”, disse o movimento liderado por Miguel Brás da Cunha, que assumirá o único assento da lista D.
André Villas-Boas tornou-se hoje o 34.º presidente da história do FC Porto, ao vencer as eleições de sábado dos órgãos sociais, com 21.489 votos (80,28%), quebrando um ciclo de 15 mandatos e 42 anos de Pinto da Costa, que juntou 5.224 votos (19,52%), enquanto Nuno Lobo teve apenas 53 (0,2%), no ato eleitoral mais concorrido de sempre do clube.
De acordo com o presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Lourenço Pinto, houve ainda 73 votos em branco e 37 nulos, num dia em que um recorde de 26.876 associados elegeu os órgãos sociais rumo ao quadriénio 2024-2028 no Estádio do Dragão, no Porto.
A inédita eleição de André Villas-Boas, de 46 anos, implica o fim do ‘reinado’ presidencial de Pinto da Costa, de 86 anos, que já comandava o FC Porto desde 17 de abril de 1982, tornando-se, desde então, o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.
Cabeças de lista propostos pela lista do ex-treinador, António Tavares e Angelino Ferreira triunfaram na corrida para a chefia da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal e Disciplinar, respetivamente, órgãos que deixarão de ser comandados por José Lourenço Pinto, número um lançado pela recandidatura de Pinto da Costa, e por Jorge Guimarães.
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