Após a realização do sorteio, em Zurique, na Suíça, sem representantes das federações devido à pandemia da covid-19, a equipa das ‘quinas’ ficou inserida no Grupo A e, apesar de ter ‘apanhado’ a equipa dos Balcãs, evitou seleções como Áustria, Suíça e Polónia.
“O importante é preparar bem e ver qual é o calendário. Uma coisa é ver quem são os adversários e outra é o calendário, porque vamos já jogar em março”, começou por referir Fernando Santos, em declarações ao Canal 11, acrescentando, contudo, que os “sorteios não são para analisar, mas sim para jogar e ganhar”.
O experiente técnico, de 66 anos, reforçou que o sorteio é “muito teórico” e lembra as dificuldades que Portugal teve, precisamente frente aos sérvios, na fase de apuramento para o Euro2020, adiado para 2021 devido à pandemia de covid-19.
“Começámos o apuramento para o campeonato da Europa com a Sérvia e, à partida, iríamos ganhar e depois empatámos. Com a Ucrânia também e as coisas tornaram-se difíceis”, recordou Fernando Santos.
A seleção da Sérvia é, para o selecionador, uma equipa “fortíssima”, que deveria estar melhor colocada no ‘ranking’.
“Se olharmos para o plantel e jogadores da Sérvia, assim como a Croácia, a Sérvia tem jogadores todos de elite. Se corrermos os melhores campeonatos, têm sempre um conjunto de jogadores de grandíssima qualidade. Se olharmos para os jogadores, há muitas equipas com rankings mais altos que não têm a qualidade dos jogadores da equipa da Sérvia. É um fortíssimo adversário”, analisou.
Com Fernando Santos no comando, seleções como a República da Irlanda e Azerbaijão nunca se cruzaram no caminho de Portugal, uma situação que motivará uma “análise por outros meios”. Já a Sérvia foi adversária por quatro ocasiões e o Luxemburgo três, com ambas a estarem inseridas no grupo de apuramento para o Euro2020.
Contudo, a viagem ao Azerbaijão “tem de acontecer cedo”, segundo o selecionador, visto que “pode baralhar um bocado as questões de logística, que são muito importantes”.
De resto, Fernando Santos deixa claro a forma como Portugal tem de abordar o apuramento: “Se queremos ser candidatos a ser campeões do Mundo, temos de assumir que temos de passar esta fase de grupos, a respeitar todos os adversários. Pensar que já está ganho, seria o nosso maior erro.”
No sorteio de hoje, as 55 seleções foram distribuídas em seis potes e sorteadas em cinco grupos com seis equipas cada e em outros cinco com cinco seleções.
O vencedor de cada um dos 10 grupos apura-se diretamente para a fase final, enquanto os segundos classificados vão disputar os ‘play-offs’ de apuramento, aos quais se juntarão dois vencedores de grupos da Liga das Nações que não consigam qualificar-se diretamente para o Mundial2022 ou para os ‘play-offs’.
Destas 12 equipas presentes nos ‘play-offs’, que serão disputados em março de 2022, sairão os últimos três representantes europeus no Mundial2022. A qualificação decorrerá entre março e novembro de 2021.
O Mundial no Qatar decorrerá fora do habitual período entre junho e julho, devido ao forte calor naquele país, com a competição de 2022 a estar prevista para as datas entre 21 de novembro e 18 de dezembro.
Portugal esteve em sete Campeonatos do Mundo, competição em que marca presença de forma consecutiva desde 2002, na Coreia do Sul e Japão, e depois na Alemanha (2006), África do Sul (2010), Brasil (2014) e Rússia (2018).
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