“Neste Europeu, se houve alguém que definiu bem o que é o altruísmo foi Cristiano Ronaldo. Não é fácil que o melhor jogador do mundo jogue muitas vezes numa posição que não é a sua”, disse o técnico num encontro com correspondentes estrangeiros nos arredores de Lisboa.

Sobre o seu primeiro contacto com Ronaldo, quando foi treinador do Sporting, na época 2003/04, Fernando Santos, que trabalhou pouco tempo com o capitão de Portugal, contratado antes do início dessa temporada pelo Manchester United, disse que, mesmo assim, teve “muitas conversas” com o jogador.

O selecionador de Portugal garantiu que com os contactos que foi mantendo na ‘equipa das quinas’, começou a conhecer “muito bem” o “caráter e disponibilidade” de Ronaldo e que, antes do Europeu, em França, “já sabia o que esperar dele”.

“Não é a sua posição, mas joga numa posição em que pode ajudar Portugal. Era essa a disponibilidade que precisava e, nesse aspeto, foi fantástico”, elogiou o treinador.

Fernando Santos acrescentou que a estrela do clube madrileno “foi uma referência para os mais jovens da seleção em todos os aspetos, nos treinos e concentrações, especialmente para os que nunca tinham disputado um Mundial ou um Europeu.

“Tínhamos jogadores que nunca tinham disputado uma fase final de um campeonato como este, que requer uma intensidade brutal, porque tens a imprensa e todo o mundo atentos. Esse papel de Cristiano, como o de Pepe, era muito importante”, elogiou.

Fernando Santos recordou, com humor, que alguns, pouco tempo antes, “trocavam cromos de Ronaldo” e, no Europeu, puderam jogar ao seu lado.