Os factos remontam a 02 de abril de 2017, no decorrer de um jogo de futebol entre o Rio Tinto e o Canelas 2010, a contar para a fase de subida do Campeonato Distrital do Porto e, de acordo com a acusação do processo, o jogador Marco Gonçalves agarrou o árbitro José Rodrigues pelo pescoço, fazendo-lhe uma “gravata”, quando o juiz o ia advertir por ter agredido a soco um adversário.

Em seguida, o jogador “puxou-lhe a cabeça e desferiu-lhe uma pancada com o joelho, atingindo-o na cara, especialmente no nariz”.

Em consequência da agressão, José Rodrigues esteve doente durante 60 dias, com igual afetação da capacidade para o trabalho, acrescenta o Ministério Público no seu despacho de acusação.

O árbitro, demandante no processo, reclama por isso ao arguido uma indemnização global de 32 mil euros, dos quais 25 mil se reportam a danos não materiais.

Ainda de acordo com a acusação, quando o árbitro era socorrido pelo massagista da equipa do Rio Tinto, o jogador dirigiu-se a ele novamente, proferindo expressões intimidatórias da sua integridade física e suscetíveis de coartar a liberdade pessoal do ofendido.

Depois do sucedido, que chegou a ser noticiado por agências internacionais, os dirigentes do Canelas 2010 garantiram que o jogador não voltaria a representar as cores do clube.