Fonte oficial da secretaria de Estado do Turismo confirmou à Lusa que a “possibilidade de realização em Portugal do campeonato do mundo de motociclismo de velocidade (…) tem sido trabalhada pelo Autódromo Internacional do Algarve, em parceria com a secretária de Estado do Turismo, por via do Turismo de Portugal”.

“O Governo está disponível para participar numa solução conjunta, que permita a realização de grandes eventos internacionais, nomeadamente, através do fundo de captação de congressos e grandes eventos, gerido pelo Turismo de Portugal”, explicou a mesma fonte.

Aquela fonte governamental fez depender a concretização do objetivo anunciado pelo presidente da FIM, o português Jorge Viegas, à “candidatura ao referido fundo para o ano referido, sendo nessa altura analisadas as condições do mesmo para definição do envolvimento de cada parte”.

No sábado, em Sepang, à margem do Grande Prémio da Malásia, Jorge Viegas voltou a admitir o regresso do principal campeonato de motociclismo de velocidade a Portugal, desta vez ao Algarve.

“Há um pré-acordo com o autódromo de Portimão, agora falta o Governo, como se costuma dizer, assinar por baixo”, disse Jorge Viegas, em declarações à Lusa, acrescentando ter a concordância de FIM, Dorna (empresa que detém os direitos comerciais da competição) e do organizador, faltando agora a confirmação do Governo.

“São contratos que custam dinheiro para trazer o espetáculo a qualquer país e agora falta assegurar o financiamento para, pelo menos, três grandes prémios”, sublinhou Jorge Viegas, acrescentando que a ideia da Dorna é que pelo menos três provas possam ser realizadas em Portugal, em cinco anos, a partir de 2022.

Portugal está afastado da ‘elite’ do motociclismo de velocidade desde 2012, quando o autódromo do Estoril recebeu o último Grande Prémio de Portugal, após 13 anos seguidos presente no calendário.