Para o líder comunista, "não há progressos significativos", considerando que, no terreno, ainda se está "num quadro mais de demolição do que de construção", referiu Jerónimo de Sousa, que visita hoje vários locais afetados pelos incêndios de outubro de 2017.
"Tendo em conta aquilo que aparece anunciado - de milhões e milhões de euros para acudir a estas situações - aqui, passados nove meses, podemos dizer que estamos na estaca zero", frisou.
Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas em Treixedo, aldeia de Santa Comba Dão, considera que há uma "contradição" entre "anúncios de pompa e circunstância de combate à desertificação, de políticas de apoio ao interior e depois não se responder" a problemas concretos no terreno.
O secretário-geral do PCP apontou para casos de habitantes que não tiveram acesso aos apoios de até cinco mil euros para a agricultura, ou para a morosidade na reconstrução das primeiras habitações.
Além disso, Jerónimo de Sousa chamou a atenção para a necessidade de se garantir o apoio à reconstrução das segundas habitações, por representarem dinâmicas que "combatem o próprio processo de despovoamento".
"Muitas vezes, acusa-se estas populações do interior de serem desconfiadas, mas a verdade é que têm razões para terem desconfiança", notou.
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