“Sinto-me contente por ter esta nova oportunidade e estou com muita vontade de voltar a jogar, depois de quase dois anos sem oportunidade de competir. Sinto falta do jogo e estou a preparar-me bem, física e mentalmente, para regressar", disse o dianteiro, durante a conferência de imprensa realizada no Estádio Municipal de Portimão.
Jackson Martinez, de 31 anos, foi emprestado até final da época pelos chineses do Guangzhou Evergrande, sendo que não compete há quase dois anos, devido a uma lesão no tornozelo direito.
“Só dentro de campo é que vou poder responder. Em cada treino, em cada jogo, saber a capacidade do meu pé. Treinar é uma coisa, mas o ritmo competitivo de um jogo é outra coisa, é mais exigente", admitiu o jogador, que a partir de quinta-feira vai integrar os treinos do Portimonense.
Jackson Martinez representou o FC Porto durante três épocas, entre 2012 e 2015, antes de ser transferido para o Atlético de Madrid, e foi o melhor goleador na I Liga durante essas temporadas, mas, questionado sobre se quer repetir essas marcas, garantiu que "o passado é passado" e que está apenas preocupado em "superar" os dois anos que esteve sem jogar.
"Já se escreveu o que foi a minha passagem por Portugal. Desfrutei bastante desse período, mas agora só tenho de pensar no futuro, em dar o meu melhor dia a dia", acrescentou.
O avançado colombiano sublinhou que "seria errado pensar em marcar golos antes de jogar".
"Não posso pensar assim. Primeiro tenho de jogar e ganhar ‘química' com os meus companheiros", concluiu.
Por seu lado, o presidente do conselho de administração da Portimonense SAD, Rodiney Sampaio, afirmou que “o inacreditável acontece”, dando crédito ao técnico António Folha.
"O primeiro contacto do jogador foi com o ‘mister'. Temos de agradecer a aposta feita na nossa proposta, no nosso projeto. A presença do Jackson vai fortalecer o nosso grupo e tenho a certeza de que os objetivos vão ser alcançados", referiu o dirigente.
O treinador do Portimonense elogiou o "caráter enorme" de Jackson Martinez e espera que o jogador "volte a ganhar a felicidade de jogar, retomando aquilo que de melhor ele sabe fazer".
"Ele não está parado, ele tem vindo a trabalhar, e muito, para ganhar a condição que mais deseja. Vamos avaliar como está e, progressivamente, perceber até que ponto está em condições de ser utilizado. 90, 60, 30 (minutos), dependendo do estado físico dele e de como se vai sentindo, face à paragem prolongada", explicou Folha.
O Portimonense ocupa o 18.º e último lugar da I Liga, com um ponto em quatro jogos.
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