A Arena Bercy foi hoje o palco para a ‘luta’ que há décadas envolve as duas nações asiáticas, agora sem a intromissão da Rússia, vencedora do concurso em Tóquio2020, e ausente de Paris2024 na sequência da invasão à Ucrânia, que esteve entre as finalistas da prova.

A final, que permitiu aos nipónicos ampliarem para oito o recorde de títulos olímpicos, acabou por ser decidida na barra fixa, onde dois erros de Weide Su, aliados a uma grande exibição de Daiki Hashimoto, campeão olímpico e mundial do aparelho, fizeram a China perder a vantagem que a mantinha na frente.

O Japão fechou o concurso com 259,594 pontos, com uma vantagem de apenas 0,532 de China, que se foi a equipa mais bem classificada na qualificação para a final, e a 1,801 dos Estados Unidos,

Numa final de desfecho incerto, na qual os chineses sonhavam com um título que lhes foge desde 2012, os japoneses ocupavam a quarta posição quando faltavam dois aparelhos, numa altura em que os ucranianos, que acabaram no quarto posto, eram segundos.

Com cinco dos seis aparelhos disputados, os chineses só precisavam de concluir os exercícios sem erros para garantir o título, que acabou por fugir na barra, onde Hashimoto esteve imparável e deu boas indicações para arevalidação do título no concurso completo (‘all-around’).

Hashimoto – que no primeiro exercício do dia não esteve bem no cavalo com arções – e os seus compatriotas Kazuma Kaya, Shinnosuke Oka, Takaaki Sugino e Wataru Tanigawa foram os protagonistas da recuperação do título que os nipónicos não conseguiram revalidar em casa, depois de terem sido campeões no Rio2016.

Os Estados Unidos voltaram ao pódio olímpico, o que não acontecia desde os Jogos Pequim2008, quando também foram bronze.