“Faço um balanço muito positivo. Estive bem na terceira semana, sempre com os melhores, e finalizar com um bom contrarrelógio, que não me favorecia muito por ser 100% plano. Subi algumas posições e aqui aprendi bastante para o futuro”, conta o português à Lusa, após o ‘crono’ final, que terminou em quinto.

Ainda assim, admite, “fica aquele sabor amargo”, por ter falhado o quinto lugar da geral, do colombiano Daniel Martínez (INEOS), por menos de um segundo.

“Fica aquele sabor amargo, porque em três semanas de corridas, tantas horas em cima da bicicleta, perde-se um lugar na geral por meio segundo...”, desabafa.

Depois de um Giro em que trabalhou durante parte da prova para o belga Remco Evenepoel, que viria a abandonar, acabou por recuperar na última semana, reentrando no ‘top 10’ e hoje subindo dois lugares na consagração do vencedor, o colombiano Egan Bernal (INEOS).

Segundo Almeida, de 22 anos, outra coisa que aprendeu com a 104.ª edição é que “não foi por mero acaso” que foi quarto classificado em 2020, tendo andado 15 dias na liderança da prova.

“Consegui confirmar-me como voltista”, atira Almeida, que se tornou hoje no primeiro português a fazer mais do que um 'top 10' na 'corsa rosa'.

O ciclista das Caldas da Rainha admite mesmo que não acreditava que pudesse acabar em sexto. “Sabia que conseguiria reentrar no ‘top 10’, mas aproximar-me tanto e ganhar tempo a todos estava fora das minhas expectativas”, assume.

Para a frente, revela, está na expectativa “da seleção para os Jogos Olímpicos, a preparação depende disso”, podendo ou não correr a Volta a Espanha mediante a participação em Tóquio2020.

“Não tenho de provar nada a ninguém, só a mim próprio. Estes resultados são pelo meu esforço e sacrifícios. Quis mostrar, também, que sou um grande profissional”, atirou o luso, questionado sobre a prestação numa altura em que não tem ainda contrato para 2022.

A 104.ª edição da Volta a Itália em bicicleta terminou hoje em Milão, com a vitória final do colombiano Egan Bernal (INEOS) e João Almeida (Deceuninck-QuickStep) como melhor português, no sexto lugar final, a 7.24 minutos do vencedor.

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