“A Vuelta tem sido como esperava. Sabia que chegava longe do meu nível máximo, sem grande preparação. Tenho levado a corrida dia a dia. Em alguns dias tenho-me surpreendido, ao seguir com os favoritos. Vamos ver se a minha forma melhora um pouco nas próximas semanas. Vamos dar tudo o que temos”, explicou, numa conferência de imprensa virtual.
Ao lado do português, no segundo e penúltimo dia de descanso da corrida, estava o jovem espanhol Juan Ayuso, quinto à geral, a 2.36 minutos do líder, o belga Remco Evenepoel (QuickStep-Alpha Vinyl), com Almeida em sétimo, a 4.32.
Uma das histórias desta Vuelta prende-se precisamente com a liderança da UAE Emirates, que também integra o luso Ivo Oliveira, e sobre se Ayuso, estreante em ‘grandes Voltas’, tem ou não primazia sobre o mais experiente ciclista das Caldas da Rainha.
“Além do que todos falam, sobre nós e quem é o líder, somos colegas de equipa e ambos temos oportunidades. Partilho tudo o que sei com ele, ensino-lhe o que tiver para ensinar, porque ainda sou jovem. Ele é mais”, descreveu o português.
Ayuso corrobora, criticando que “muita gente fale sem saber”. “Passámos os últimos dois meses e meio juntos, fizemos o estágio em altitude juntos. A relação é boa e ambos queremos o melhor resultado possível, mas somos uma equipa”, atirou.
Quanto ao líder da prova, Almeida vê o ex-colega de equipa Evenepoel como “quase imbatível”, mas “ainda faltam duas semanas e ele não saberá como vai estar”.
A quase cinco minutos da camisola vermelha, acredita que o foco poderá mudar para tentar vencer etapas a partir de uma fuga, no caso de perder mais tempo, mas tem dúvidas de que lhe dessem essa oportunidade, por já ter outro estatuto entre o pelotão.
De resto, a forma “um pouco baixa” acabou por condicionar a prestação na 77.ª edição da última ‘grande Volta’ do ano, porque teve “algumas dificuldades nos treinos” e, embora tenha feito uma boa Volta a Burgos, com uma vitória em etapa, no alto, “sabia que o nível era muito mais baixo do que na Vuelta”.
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