"Jorge Mendes não recebeu qualquer notificação para prestar declarações no âmbito de um inquérito de investigação por alegada fraude fiscal cometida pelo futebolista Radamel Falcao", lê-se num comunicado da Gestifute.
De acordo com a agência EFE, Jorge Mendes vai ser ouvido como arguido a 27 de junho no Tribunal de Instrução número 1 de Pozuelo de Alercón (Madrid) no caso da alegada fuga fiscal do avançado do Mónaco e ex-jogador do FC Porto, que foi acusado de uma fraude fiscal no valor de 5,66 milhões de euros, em 2012 e 2013, quando atuava no Atlético de Madrid.
"Jorge Mendes é um dos mais importantes agentes do mundo e a sua atividade limita-se única e exclusivamente, à intermediação nas transferências de jogadores entre clubes de futebol e à negociação ou renovação dos respetivos contratos de trabalho", sublinha o comunicado, acrescentando que nem o empresário, nem a Gestifute, "prestam qualquer tipo de serviço relacionado, direta ou indiretamente, com a assessoria financeira, fiscal ou jurídica dos seus representados".
O Ministério Público de Madrid também acusou o português Fábio Coentrão, companheiro de equipa de Cristiano Ronaldo no Real Madrid, de ter defraudado o fisco espanhol em 1,29 milhões de euros, entre 2012 e 2014.
A Falcao e Coentrão são imputados cinco delitos contra a Fazenda Pública espanhola, tendo em conta os dados recolhidos pelo fisco sobre as suas situações fiscais.
Falcao é acusado de ter criado uma sociedade com o único fim de ocultar à Fazendo Pública espanhola as receitas geradas em Espanha pelos seus direitos de imagem obtidos em 2012 e 2013 – 822.609 e 4.839.253 euros, respetivamente -, valores que também não foram declarados fora de Espanha.
Antes, o argentino Ángel Di Maria e o português Ricardo Carvalho, ambos ex-jogadores do Real Madrid, também foram acusados de alegados delitos fiscais, sendo que Jorge Medes, dono da Gestifute, representa todos os futebolistas.
Ainda de acordo com fontes da agência EFE, o mesmo tribunal da capital espanhola será o responsável por investigar a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Madrid contra o futebolista português Cristiano Ronaldo, acusado de ter de forma "consciente", criado uma sociedade para defraudar o fisco espanhol em 14,7 ME.
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