Os minhotos recebem os estorilistas depois de terem perdido com o Vitória de Guimarães (em casa, 2-1) e Rio Ave (fora, 1-0) nas duas rondas anteriores e, pelo meio, terem também saído derrotados da final da Taça da Liga com o Moreirense (1-0).
“Se se pretende que um clube tenha esta ambição e visão de futuro, é óbvio que isso acarreta muita pressão de quem torce e vive este clube. É impossível de escamotear que vivemos um momento duro, mas perante isso, só temos um pensamento que é ganhar ao Estoril”, afirmou na conferência de imprensa de antevisão dessa partida.
Em caso de vitória, os bracarenses podem voltar ao terceiro lugar, mas Jorge Simão prefere focar-se na meta que estabeleceu dos 65 pontos.
“Um clube como este não pode nem está habituado a duas derrotas consecutivas para o campeonato, é premente darmos uma boa resposta ao nível do resultado, se isso significa que retomámos o terceiro lugar, encantados, melhor ainda”, disse.
O técnico revelou ainda ter havido uma conversa com adeptos das claques do Sporting de Braga depois do treino de sábado.
“Isto é um reflexo de um clube com ambições de clube grande. Num momento duro como este e num clube com estas legítimas aspirações, não pode haver leviandade com estes resultados. Sou o primeiro a fomentar esta relação empática entre adeptos, claques e o grupo de trabalho. Nós jogamos para eles, foi uma abordagem pacífica e respeitosa e eles colocaram os seus pontos de vista de forma cordial”, disse.
Sobre a expulsão de Vukcevic em Vila do Conde, disse ter sido uma atitude que penalizou a equipa, mas que o médio “teve essa consciência no momento”.
“Qualquer jogador que tenha uma atitude daquelas arrepende-se, mas não contem comigo para crucificar jogadores, todos erramos. Jamais crucificarei um jogador, a não ser que isso passe a ser uma rotina, um comportamento reincidente, mas ele fez questão, por ele próprio, de se desculpar perante todo o grupo de trabalho”, disse.
Simão lamentou ainda a infelicidade do defesa central Ricardo Ferreira, que tem tido uma época marcada por lesões e ainda não está recuperado.
“O Ricardo Ferreira é um belíssimo central. É uma questão de condicionamento muscular, ele vem de um período muito difícil, uma operação complicada, regressou, fez alguns jogos e teve uma reincidência muscular que tem dificultado o seu regresso ao treino, mas está a caminhar a passos largos para voltar ao ativo”, explicou.
Detalhou igualmente ter havido uma mudança no lote de ‘capitães’ de equipa.
“Essa foi uma das questões que falámos naquele ‘meeting’ com os adeptos. Na minha ótica, um ‘capitão’ não tem única e exclusivamente a responsabilidade de usar a braçadeira no dia de jogo, tem de ser um jogador cuja liderança tem de ser natural e não imposta, independentemente dos anos de clube, idade ou outra razão”, disse.
Assim, o veterano Alan continua a ser o ‘capitão’ e depois, sem hierarquia, Pedro Santos, Rui Fonte e Wilson Eduardo, sendo que, além destes, também Artur Jorge participou no referido encontro com os adeptos.
A lista de convocados só será conhecida na segunda-feira, porque, no dia do próprio jogo, a equipa ainda vai realizar um treino.
Sporting de Braga, quarto classificado com 36 pontos, e Estoril, 16º com 15, defrontam-se na segunda-feira, às 21:00, no Estádio Municipal de Braga, numa partida que será arbitrada por Vasco Santos, da associação do Porto.
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