O lançador do Benfica, de 21 anos, terminou a qualificação em Eugene, nos Estados Unidos, com 77,34 metros, aquém dos 83,50 de qualificação direta e dos 84,78 metros do seu recorde nacional, que estabeleceu em Doha, em maio último.

“Não foi nada do que estava à espera. Se não passei à final, não vim cá fazer nada. Não senti a força, não senti o meu corpo a funcionar bem. Vim aqui para fazer alguma coisa, não fiz, acho que vim perder tempo”, reconheceu Leandro Ramos.

Integrado no Grupo B, já com a ‘fasquia’ da qualificação perto dos 80 metros, o português começou com 77,34, a sua melhor marca, seguindo-se 76,27, no segundo lançamento, e 72,48, no terceiro.

O último apurado para a final, marcada para sábado, às 18:35 locais (02:35 de domingo em Lisboa), foi o finlandês Lassi Etelatalo, com 80,03.

Apesar de ter cumprido a sua estreia em Mundiais, e a portuguesa no concurso do lançamento do dardo masculino, o atleta luso reconheceu o dia infeliz, apontando aos próximos objetivos, como os Europeus, marcados para Munique, na Alemanha, entre 15 e 25 de agosto.

“Eu não sinto pressão, com a minha forma de estar, puxo muito pelo público, mas hoje não era o dia de lançar longe, podia ter sido, mas não correu como eu esperava. Vem aí o Europeu e até pode dar para uma medalha lá”, referiu.

No estádio Hayward Field, em Eugene, Leandro Ramos distinguiu-se dos restantes 26 lançadores, com uma finalização do arremesso acrobática, algo que assegura ter sido elogiada.

“Têm-me dito que dou um ‘show’ fantástico, eu sinto isso, sinto que as motivo e que ficam entusiasmadas com a minha maneira de lançar. É sinal que, se eu lançar longe, alguns podem começar a seguir”, concluiu.