O primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, ‘travou’ o regresso dos adeptos em 01 de outubro, num momento em que o país entra no segundo nível de alerta mais elevado, face a um novo pico na pandemia do novo coronavírus.

“Estamos dececionados que um regresso seguro dos adeptos tenha sido adiado”, disse a ‘Premier League’ em comunicado.

Antes, o ministro britânico Michael Gove referiu que uma “reabertura em massa” dos estádios não seria adequada no momento, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela comunidade desportiva devido à pandemia.

“Um programa elaborado em várias fases estava a ser executado para permitir o regresso de mais pessoas aos estádios, sem os encher”, adiantou Michael Gove, um dos ministros mais próximos do primeiro-ministro Boris Johnson, à BBC.

Alguns testes-piloto foram realizados em eventos desportivos, com capacidade reduzida a 1.000 espetadores, e a Liga inglesa começou há pouco mais de uma semana com as bancadas vazias, cenário que se após a suspensão da anterior época em março.

“O futebol não é o mesmo sem os adeptos e a economia do futebol é insustentável sem eles”, frisou no comunicado de hoje a Liga, lembrando que os clubes sofreram na última época perdas na ordem dos 700 milhões de libras (761 milhões de euros).

A ‘Premier League’ adianta que o desporto nacional, o futebol, está a ter perdas de mais de 100 milhões de libras mensais (108 milhões de euros) e que o cenário começa a ser “devastador” para os clubes e comunidades que os envolvem.

As autoridades médicas inglesas elevaram o nível de alerta de três para quatro, o que significa que o risco de transmissão da covid-19 “é alto e em crescimento exponencial”, num nível abaixo do encerramento das atividades.

Uma situação que não impede a Liga de pedir ao governo que ajude a encontrar um caminho para o regresso dos adeptos, num protocolo que já foi formulado.

“Os adeptos nos estádios estão seguros ou ainda mais seguros do que em outras atividades públicas atualmente permitidas”, defendeu o organismo.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 965 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.925 em Portugal.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (41.788 mortos, mais de 398 mil casos), seguindo-se Itália (35.724 mortos, mais de 299 mil casos), França (31.338 mortos, mais de 458 mil casos) e Espanha (30.663 mortos, mais de 671 mil casos).

Portugal contabiliza 1.925 mortos em 69.663 casos de infeção.

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