Após sucessivas frustrações ao serviço da principal seleção argentina, nomeadamente a derrota na final do campeonato do Mundo de 2014 e nos jogos decisivos das edições 2007, 2015 e 2016 da Copa América, Messi ameaçou abandonar, depois de um momento de grande frustração, mas nunca o fez, e acabou recompensado.

O ‘10’ argentino, o digno sucessor de ‘D10S’ Diego Armando Maradona, acabou com a malapata ao vencer a Copa América de 2021, arrebatada em pleno Maracanã, numa final com o Brasil, e, já este ano, tinha conquistado também a Finalíssima, prova entre o campeão da Europa e da América do Sul, face à Itália.

A satisfação foi grande mas não total, pois faltava o Mundial, que não conseguira ganhar em 2006 (batido nos quartos de final), 2010 (quartos de final), 2014 (final) e 2018 (oitavos de final): a edição de 2022 era a sua última oportunidade.

“Será, seguramente, o meu último Mundial, pois já não vou a tempo do próximo”, garantiu o ‘capitão’ argentino, em declarações proferidas durante o campeonato do Mundo.

A Argentina chegou em ‘grande’ ao Mundial2022, com uma série de 36 jogos sem perder, desde o 0-2 com o Brasil nas meias-finais da Copa América de 2019, mas a estreia não podia ter corrido pior, com um desaire surpresa por 2-1 face à Arábia Saudita.

Os argentinos, liderados por Messi, deram, porém, a volta por cima, superando México (2-0) e Polónia (2-0), já em autênticos ‘mata mata’ em plena fase de grupos, para depois eliminarem Austrália (2-1), Países Baixos (4-3 nos penáltis, após 2-2 nos 120 minutos) e Croácia (3-0).

Na final, hoje, frente à campeã em título França, os sul-americanos chegaram cedo a 2-0, ainda voltaram para a frente no prolongamento (3-2), mas só selaram o título nos penáltis, depois de uma prova que Messi acabou com sete golos – depois de seis entre 2006 e 2018 -, dois deles na final, e três assistências.

O argentino recebeu, naturalmente, a ‘Bola de Ouro’ para o melhor jogador da prova, repetindo 2014, mas o que lhe importava mesmo, e em exclusivo, era levantar a taça de campeão do Mundo, como Diego Armando Maradona, em 1986.

Na principal seleção argentina, Messi soma agora 172 jogos, nos quais conseguiu 105 vitórias, 40 empates e 27 derrotas, com 98 golos marcados e 51 assistências, sendo que os três títulos conquistados são, naturalmente, mais importante.

Para trás ficaram as frustrações, sendo que, além das recentes alegrias, Messi já havia conduzido o seu país à vitória no Mundial de futebol de sub-20 de 2005, nos Países Baixos, e à medalha de ouro no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos Pequim’2008.

Além dos cinco títulos conquistados pela Argentina, em nove finais, o jogador nascido em Rosário, em 24 de junho de 1987, contabiliza mais 36 troféus por clubes, num total de 41.

Pelo FC Barcelona, o clube da sua vida, que representou de 2004/05 a 2020/21, Messi ganhou 34 ‘canecos’, nomeadamente quatro edições da Liga dos Campeões, três do Mundial de clubes, três da Supertaça Europeia, 10 da Liga espanhola, sete da Taça do Rei e outros tantas da Supertaça espanhola.

Em 2021/22, o argentino foi forçado a sair da Catalunha e optou pelo Paris Saint-Germain, ao serviço do qual se sagrou campeão francês numa difícil primeira época. Na atual, começou por ganhar a Supertaça francesa e tem mais troféus no horizonte.