“Podemos ser poucos, mas os russos vão estar todos connosco. A malta russa vai ser nossa. À hora do jogo, vamos ser mais", disse à Lusa José Campos.
De Santo Tirso, veio com o filho ver o jogo com a Espanha e regressou agora a Sochi, sendo que só volta a Portugal após a final: "Estamos confiantes nisso. É o que queremos".
O único pedido agora é que o selecionador português, Fernando Santos, "seja mais ofensivo, para Portugal mandar no jogo".
“A equipa está muito defensiva, muito no meio campo e defesa, a jogar para a direita, para a esquerda, para trás. Isso não pode acontecer mais. Agora é ir para cima deles”, frisou.
O filho Diogo Campos gostava de ver "uma equipa com mais experiência", pelo que "desejava poder ver o Éder", mas como tal não é possível, visto que o ‘herói do Euro2016 não foi convocado, ‘pede' André Silva no lugar de Gonçalo Guedes.
Pai e filho passeiam com a réplica da taça a entregar ao campeão do mundo, que, religiosamente, beijam antes de cada jogo, mas confiam que, no final, a seleção vai “trazer a original para Portugal”.
De Benavente, Rogério Guedes veio “ver a seleção até à final”, revelando-se "satisfeito" com o que a equipa de Fernando Santos tem produzido, embora agora espere mais: “A equipa está acordada, estamos é a enganar os outros. Agora é para a frente”.
O chefe de família quer ver a equipa mais próxima do valor de Cristiano Ronaldo e espera que a equipa "lute por Portugal e represente o país da melhor maneira".
Madalena Neves confia que os mais jovens da equipa "têm muito para mostrar", assume que, no estádio ou no sofá. "o sofrimento por Portugal é sempre até ao fim" e mostra-se muito agradada com "o ambiente muto divertido e descontraído das pessoas no Mundial, com os adeptos do Uruguai a meterem-se e a quererem tirar fotos".
“Vamos jogar bem e fazer golos espetaculares. Vamos à final. Bem ou mal, estamos sempre com eles. Queremos heróis para sempre. O Cristiano Ronaldo tem um estatuto diferente, mas precisamos de todos para vencer”, acrescentou Madalena Neves.
Bem otimistas quanto ao futuro no campeonato do mundo, estão os uruguaios, confiantes de que o seu bem maior número de adeptos traduz a descrença dos lusos no apuramento.
“Portugal vai ‘vencer' 0-3 (risos). Onde estão os portugueses? Em casa, pois sabem que vão perder. Há mais chineses com a camisola do Cristiano Ronaldo do que portugueses em Sochi. Isso diz tudo. Quando perceberam que os ‘oitavos' eram com o Uruguai, foram embora", provoca Juan Diaz.
Luis Suárez e Edinson Cavani são as maiores estrelas da ‘celeste', mas, deste sexteto de amigos, nem uma palavra sobre as grandes referências dos sul-americanos, que jogam no FC Barcelona e Paris Saint-Germain, respetivamente.
“Portugal é Ronaldo e chega. Nós somos uma equipa. E as equipas ganham sempre. Um jogador sozinho não ganha um Mundial, por isso nem Portugal, nem Argentina, com Messi, o podem fazer. Até podem fazer três golos num jogo, mas não marcam três em sete jogos", justifica Alex.
Os portugueses andaram há vários séculos pelo Uruguai e deixaram como legado Colónia de Sacramento, junto ao Rio de la Plata, e que é Património Mundial da UNESCO.
"Até podemos ter um pouco de sangue português a correr nas veias, mas só pensamos nisso depois do jogo. Hoje, só dá Uruguai. Até à final. Vamos pelo ‘tri'”, sublinhou Diego Sanchez, recordando os títulos de 1930 e 1950.
Portugal e Uruguai defrontam-se hoje a partir das 21:00 locais (19:00 em Lisboa), em encontro dos oitavos de final do Mundial de futebol de 2018, marcado para Sochi, na Rússia, com arbitragem do mexicano César Ramos.
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