"É um jogador que gosto muito porque é um grande profissional. Para além da qualidade, respeita toda agente, assim como clube", indicou Jardim sobre o brasileiro de 24 anos. Este domingo, contra o Paris Saint-Germain, na Ligue 1, o Monaco tem um duelo de grande exigência e precisa de aproveitar todas as armas do seu arsenal.

É certo e sabido que o técnico luso está contente por Fabinho não ter deixado o Monaco na última janela de transferências — quando tudo apontava para que regressasse a Madrid, uma vez que foi na capital espanhola que começou a sua aventura em terras europeias.

O regresso à Espanha não era, contudo, ao Real Madrid — clube onde esteve uma temporada após deixar o Fluminense. O atleta vestiu a camisa 'merengue' em apenas uma ocasião, a contar para a Liga espanhola, em 2013, quando ainda jogava a lateral.

[Na verdade, foi num primeiro momento contratado pelo Rio Ave, em 2012. Só que, em julho, rumou por empréstimo ao Real Madrid Castilla, equipa B dos 'blancos'. Depois, rumou duas vezes, ambas por empréstimo, ao principado, tendo sido posteriormente vendido a título definitivo.]

Esteve próximo de assinar com o grande rival Atlético de Madrid, mas a proibição de contratações imposta pela FIFA, obrigou Fabinho a ver a oportunidade de mudar de ares esfumar. É certo que o Paris Saint-Germain também tentou contratar os serviços, mas o Monaco não concordou em vendê-lo ao rival depois já ter perdido Kylian Mbappé.

"Fabinho é imprescindível", indicou o vice-presidente do Monaco, Vadim Vasilyev.

O jogador torceu o nariz mas manteve-se sóbrio, optando por continuar a jogar, apesar da deceção.

"É um bom rapaz, com uma grande personalidade. Procura sempre a melhor solução e entrar em conflito é sempre é o caminho mais fácil", acrescentou Jardim.

Abaixo da capacidade

Apesar da evidente prova de boa vontade, o nível do brasileiro ficou claramente abaixo do esperado. Da espetacular dupla que formou ao lado de Tiemoue Bakayoko, vendido ao Chelsea, Fabinho agora casa no terreno com o português Moutinho ou o jovem belga Youri Tielemans. Porém, a diferença de rendimento é clara.

"Estamos melhores a cada jogo. Tentamos encontrar os automatismos. Quando mais jogarmos juntos, melhor vai ser", disse Tielemans, de 20 anos.

"[O] Fabinho trabalha bem. O valor de um jogador depende muito do nível de rendimento da equipa. Quando esta está pior, o valor diminui um pouco. Quando é melhor, o valor aumenta. [Mas] ele dá sempre o máximo", reiterou Jardim.

Contudo, o treinador reconheceu a perda de forma do jogador, embora não somente do brasileiro: "Ele e todo o plantel, [nomeadamente] os titulares da temporada passada; Lemar e Sidibé [também] estão pior".

Mais: Fabinho sofreu um duro revés anímico ao deixar de ser convocado pelo técnico da seleção brasileira, Tite, após jogar quatro jogos com a 'amarelinha'. Neste ponto, Jardim disse não entender a decisão.

"O professor Tite faz as suas escolhas e é preciso respeitá-lo. Mas um dia terá a possibilidade de representar a seleção", indicou o compatriota e companheiro Jemerson, que atualmente foi convocado para jogar com a equipa nacional.

Após não ser eleito para representar a seleção canarinha nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Fabinho parece que deve ficar fora dos eleitos a viajar à Rússia disputar o próximo Mundial em 2018. O trinco tem poucos meses para evidenciar uma recuperar e lutar por uma das 23 vagas na lista final de Tite.

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